Manaus – A paciência e determinação de centenas de fãs e torcedores, em Manaus, dos astros da seleção da Itália, que estão hospedados no Quality Inn, na Avenida Mário Ypiranga, zona centro-sul da cidade, não foram em vão. Bem antes da chegada da delegação da Azzurra no hotel, às 14h10, o designer gráfico José Adenilson da Silva, 22, chegou às 11h da manhã no local e só conseguiu ganhar um autógrafo apenas seis horas depois de espera.
“Ia conseguir do Buffon (capitão e goleiro da seleção da Itália), ele chegou a pegar minha caneta para autografar. Mas muita gente estava por perto e os policiais não deixaram”, comentou Silva, para depois mostrar orgulhoso a assinatura na bandeira da Itália pelo técnico da equipe italiana, Cesare Prandelli, que também foi solicito com outros torcedores e autografou até álbum de figurinhas do Mundial.
“Demorou um pouco e veio o Prandelli, ficamos gritando o nome dele, aí eu disse: ‘Assina a bandeira da Azzurra’. Ele veio e assinou”, comentou o amazonense torcedor do Milan, clube de Mario Balotelli, que veio do bairro São José, zona leste da cidade.
José Adenilson prometeu ir neste sábado para o jogo de estreia da Itália na Copa do Mundo diante da Inglaterra, na Arena da Amazônia, com a bandeira autografada pelo comandante da seleção europeia para dar sorte aos ídolos.
O autógrafo de Buffon perdido por um torcedor foi garantido por outro mais sortudo. O estudante Kaio Cristian, 15, pegou até a fatura de uma conta para não ficar sem o registro do astro do Juventus.
“A mãe veio me deixar às 13h aqui (no hotel), porque disseram que os jogadores da Inglaterra estavam no (Shopping) Manauara. Aí me disseram que a Itália estava em um hotel próximo, então, foi algo muito bom porque não tenho oportunidade de viajar até lá (na Inglaterra) para ver esses jogadores”, disse feliz Cristian, que acredita que o autógrafo foi um presente, já que não poderá ir para o jogo da Itália na Arena da Amazônia.
“Até escrevi no mesmo papel um pedido para o Buffon pedindo uma camisa”, completou o jovem torcedor.
O funcionário público Márcio Costa, 38, que é cadeirante, ficou emocionado com a atenção dada pelo craque Mario Balotelli, que indiferente ao público na chegada no hotel no início da tarde, parecia disposto a atender um pedido especial do fã.
“Ele (Balotelli) já veio direto aqui comigo e pegou uma carta, que pedi para um italiano escrever solicitando uma camisa dele”, explicou Costa, que acredita que só não ganhou a camisa do astro devido ao assédio dos torcedores, que pularam o gradeado para abraçar o atacante da seleção da Itália na hora que deixava a concentração no Quality Inn, às 19h, para treinar no estádio.
“Vou esperar ele regressar do treino para pegar minha camisa”, afirmou determinado.
O alvoroço dos torcedores e curiosos na saída da Azzurra para a Arena era tão grande que um pequeno grupo tentou invadir o saguão do hotel pela entrada do restaurante, que estava destrancada e bloqueada apenas por mesas.
Mas na hora da tentativa de entrar no Quality Inn, um dos torcedores se assustou com a queda da mesa quando abriu a porta. Funcionários do estabelecimento interviram e fecharam de novo a porta.
