Moscou – França e Croácia fazem, neste domingo, às 11h (de Manaus), a 18ª final diferente de Copa do Mundo. As seleções europeias se enfrentam no Estádio Lujniki, em Moscou, com retrospectos bem distintos. Enquanto os franceses chegam à terceira decisão de sua história com poucos obstáculos, a Croácia disputará a primeira final na sequência de uma campanha conturbada. Desligamento de jogador, protesto da torcida russa, prorrogações e disputas de pênaltis marcaram a trajetória vitoriosa.

Kylian Mbappé e Luka Modric são os craques que França e Croácia apostam para serem campeães mundiais. (Foto: Thiago Bernardes/Alexandre Schneider/AE)
Atrás de seu segundo título mundial, a França chega à decisão embalada por um momento de alta. A renovação começou a render frutos no Mundial do Brasil, em 2014, e alcança agora seu momento mais importante personificada em Mbappé e Pogba.
O comando dos ‘Bleus’ não é uma novidade. Didier Deschamps foi o capitão da seleção francesa na final vencida contra o Brasil, em 1998. A partida terminou 3 a 0 e começou a consagrar Zinedine Zidane para o mundo do futebol. O caminho dos franceses até a final começou com uma vitória apertada sobre a Austrália, por 2 a 1. Ainda na fase de grupos, derrotou o Peru, por 1 a 0, e empatou sem gols com a Dinamarca.
No ‘mata-mata’, a França fez uma das partidas mais animadas da Copa ao ganhar da Argentina, por 4 a 3, nas oitavas de final. Foi nessa partida que as atenções sobre Mbappé se despertaram, com o atacante marcando dois gols e sofrendo o pênalti cobrado e convertido por Griezmann.
Posteriormente, a França despachou o Uruguai, ganhando, por 2 a 0, até encarar a Bélgica na semifinal. Diante dos craques De Bruyne, Hazard e Lukaku, os ‘Bleus’ fizeram um jogo apertado e ganharam com um gol, de cabeça, de Umtiti.
Do outro lado, a Croácia já alcançou a melhor campanha de sua história-anteriormente, o 3º lugar de 1998 era o destaque. E para o título inédito, se apoia em titulares de brilho no futebol, como os meias Rakitic (Barcelona) e Modric (Real Madrid) e os atacantes Mandzukic (Juventus) e Perisic (Inter de Milão).
Na campanha, o time dirigido por Zlatko Dalic terminou a primeira fase com aproveitamento de 100%: vitórias, por 2 a 0, sobre a Nigéria, 3 a 0 sobre a Argentina e 2 a 1 sobre a Islândia. No ‘mata-mata’, a seleção precisou da disputa por pênaltis para eliminar Dinamarca e Rússia. Na semifinal, saiu atrás diante da Inglaterra, mas conseguiu uma heroica vitória, por 2 a 1, com o gol decisivo marcado no segundo tempo da prorrogação.
Agora, a Croácia chega à decisão com 90 minutos a mais em campo que seu adversário e, provavelmente, mais desgastada. Mas os jogadores esperam a torcida a seu favor para emparelhar mais a final.
“Para ser honesto, não sei quantas centenas de milhões de pessoas estão ao nosso lado. Recebo mensagens de argentinos, alemães, muita gente. Isso é muito fantástico. Estamos sentindo como se o mundo inteiro quisesse uma vitória croata”, disse Rakitic.