Manaus – No intervalo do jogo de Inglaterra e Itália, na Arena da Amazônia, as longas filas, a lentidão no atendimento e os poucos quiosques insatisfez parte dos torcedores brasileiros e estrangeiros.
O inglês Alex Dixon, de 28 anos, estava bastante irritado na fila para comprar cerveja e reclamou muito do atendimento, até mesmo para a venda de água mineral. “Eles abrem uma garrafinha para colocar no copo com a marca da Coca-Cola. Isso é ridículo”, disse, pouco depois de reclamar para voluntários que estavam no local.
Alex ainda ficou irritado ao saber que estava perdendo o início do segundo tempo – nesse tempo, a Itália virou pra cima dos ingleses, com o gol de Balotelli.
O engenheiro químico Pedro Gama, 23, morador do bairro Alvorada, na zona oeste da cidade, questionou a pouca quantidade de quiosques para a venda de cerveja.
O mesmo fez a profissional de Educação Física, Nelma Coimbra, 40, que ficou irritado quando alguns torcedores tentaram comprar sem entrar na fila. “Devia haver mais postos de venda. Todos sabem como Manaus é quente”, disse.
Chris Paine, 32, que veio de Londres, disse que ficou 10 minutos parado na fila no mesmo lugar. “Queria comprar cerveja. Ainda na área da Inglaterra é o mais rápido”, comentou o turista.
No intervalo, os torcedores também enfrentaram problemas para ir aos banheiros. Rapidamente, os corredores estavam lotados e ficou difícil até em se deslocar.
O amazonense Erivan da Rocha, 40, sofreu mais de cinco minutos para achar uma vaga no banheiro. Cadeirante, ele foi conduzido por um funcionário da limpeza no estádio por mais de seis setores até acabar seu tormento.
“No acesso ao estádio, tudo foi tranquilo. Cheguei 17h30 (meia hora antes do início do jogo) e não teve problemas. Esperava que fosse mais tranquilo no intervalo”, comentou Rocha, que trabalha como auxiliar de manutenção em cadeira de rodas e estava torcendo para o English Team.
A demanda foi tão grande que os estoques dos quiosques, que vendiam água e refrigerantes, acabaram logo no início do segundo tempo do clássico europeu. Vendedoras dos stands menores de uma das maiores patrocinadoras do Mundial disseram que não foram informadas nem do lote de refrigerantes e garrafas com água fornecidos e que não havia mais como reabastecer.
Apesar de não se importar com a fila, a professora Taynny Santiago, 26, ficou surpresa com rapidez que os estoques de bebidas esgotaram. “Num evento deste porte deveria sempre sobrar e nunca faltar”, comentou.
Uma funcionária da Fifa foi orientando as pessoas que estavam em filas longas a irem para locais onde a demanda estava menor. Após alguns minutos do ínicio do segundo tempo, foi possível encontrar alguns locais sem retenções, ficando normalizado.