São Paulo- O drama de Júnior Tavares não se resume à necessidade de uma cirurgia na cabeça para a retirada de um tumor grande. O lateral-esquerdo revelou ao blog, com exclusividade, que a Ponte Preta, com quem tem contrato até novembro, não tem dado suporte financeiro e está adiando propositalmente a intervenção cirúrgica.

(Foto: Divulgação/ Ponte Preta)
“A verdade é que o Eberlin e a Ponte sabiam da necessidade da cirurgia em caráter emergencial desde 23 de junho”, afirma o lateral, referindo-se ao presidente da Macaca. “Mas não sei por quais motivos a gente já está em setembro e até agora a cirurgia não foi realizada”, completa.
De acordo com o lateral, a cirurgia já foi marcada em duas datas diferentes, mas acabou não acontecendo. Júnior Tavares chegou a pedir que a Ponte pagasse os três meses de salários atrasados, para que ele mesmo banque os R$ 45 mil para a retirada do tumor.
O jogador também conta que o clube não assumiu os custos pouco superiores a R$ 12 mil em decorrência de sua internação, entre quarta e quinta-feira, no hospital da PUC, em Campinas. O blog teve acesso aos comprovantes de pagamentos com CTI e outros exames, quitados pelo atleta, sua mãe e um amigo.
O lateral ainda alega que deixou de ter plano de saúde por falta de pagamento da Macaca. Ele teve alta na noite desta quinta e já está em sua casa, enquanto tenta marcar a cirurgia para breve, possivelmente na cidade de São Paulo.
O blog procurou a Ponte Preta, que nega as acusações de Júnior Tavares. Segundo a diretoria, as cirurgias não ocorreram porque o lateral se recusava a contar para todos, incluindo sua mãe, sobre a gravidade do problema. A Macaca ainda afirma que só tem o atual mês de salário em aberto e que antecipou um mês dos vencimentos assim que Júnior chegou, a pedido do atleta. Para completar, o clube entende que não tem obrigação sobre o caso, por se tratar de uma doença preexistente, mas está disposto a dar assistência a Júnior Tavares.