Manaus- Missão dada é missão cumprida. E o atleta Paulo Galvão não decepciona. O ex-jogador que fez história no Nacional e Rio Negro cumpriu a prova de resistência de 48 horas de natação a que se propôs e mostrou mais uma vez que é um fenômeno das águas. O atleta de 73 anos de idade começou sua prova na última quinta-feira, (21), na piscina do Nacional, em Adrianópolis, e terminou às 9h de sábado, (23). Nesse período de 48 horas ele só parou para hidratação e alimentação, e em seguida voltava a nadar.
Paulo Galvão disse que a prova de resistência superou as suas expectativas, já que não havia se preparado 100%. Mas que, ao final, foi um sucesso. “Tive alguns problemas na cidade do Recife, onde moro atualmente, e por isso não treinei suficiente para uma prova como essa. Mas foi tudo melhor do que eu esperava, e saí da piscina sobrando, fácil. Eu faria 72 horas de natação tranquilamente. Sem problemas. Foi um sucesso, acima das expectativas. Tem horas que eu acredito ser filho de um boto”, analisa ele, cujas façanhas aquáticas lhe fazem ser conhecido como o “Boto Navegador”.
O experiente esportista comentou que a competição foi uma homenagem a outro ícone do futebol amazonense: Manoel do Carmo Chaves Neto, conhecido como Maneca, 79, ex-dirigente nacionalino. Ele também conta que a intenção dos eventos que disputando no Amazonas é simplesmente para homenagear a terra que lhe criou.
“Meu grande abraço a todos do Amazonas, todos que me apoiaram, e em especial ao Luís Cláudio Chaves, filho do nosso eterno Manoel do Carmo Chaves Neto, o Maneca, que foi a grande cabeça pensante e que organizou e acionou tudo e no sábado, no final da prova, quando eu saí da água, fui brindado com uma surpresa super agradável: com o nosso ritmo e nossos artistas da terra que estavam presentes. O boi-bumbá Boilevard levou alegria para o ‘Boto Navegador’quando saiu da piscina, e essa alegria, essa festa, se estendeu para o resto do dia”, explica o atleta.
Galvão já projeta, para 2024, um desafio ainda maior em Manaus: uma prova de 72 horas no parque aquático do Nacional. Que ninguém duvide do insansável “Boto Navegador”.
Famoso quarto-zagueiro do futebol amazonense, Paulo Galvão foi campeão Estadual como jogador pelo Nacional em 1977, 78, 79, 81, 83, 84, 85, 86. Em 1987 e 1988, foi campeão pelo Rio Negro, o maior arquirival nacionalino. Ele é eternizado como “Capitão dos Capitães do Nacional”. Em 2002, já tendo “pendurado” as chuteiras, como técnico comandou o Naça ao título do Campeonato Amazonense de 2002.