Suíça entra com base estrangeira para surpreender na Copa

Com um grupo promissor formado por 13 jogadores originários de outras nações, Suíça quer ‘atropelar’ em Manaus.

Manaus – Com apenas um gol sofrido nas duas últimas Copas, a Suíça pode até utilizar de sua experiência defensiva para reiterar o rótulo de retranqueira no Brasil, mas certamente não chamará a atenção somente por este aspecto.

Melhor, mais jovem e multicultural que nos últimos mundiais, a ‘Nati’, como é conhecida a seleção suíça, foi uma das que mais evoluiu nos últimos quatro anos e não à toa alcançou o posto de cabeça de chave.

Em melhor momento que a tradicional França, adversária no Grupo E, a última equipe a derrotar o Brasil – em amistoso no dia 14 de agosto (1 a 0), não irá surpreender se derrubar grandes seleções ao longo do caminho.

Na Suíça, aproximadamente 20% da população nasceu em outro país ou com pais de origem estrangeira. Isso reflete na seleção, que dos 23 convocados, 13 são originários de outras nações.

Em meio aos ‘estrangeiros’, está o destaque da equipe, o meia Xherdan Shaqiri, 22, do Bayern de Munique, que nasceu em Kosovo. De infância humilde, surgiu nas categorias de base do Basel antes de migrar para o clube alemão, onde é reserva de luxo do francês Frank Ribéry.

Na seleção, deu ao técnico Ottmar Hitzfeld a agilidade e força que o setor ofensivo precisava, aliadas com uma grande capacidade de finalização.

Para não repetir o fracasso de 2010, quando venceu a campeã Espanha na primeira rodada a foi eliminada com um empate em 0 a 0 contra Honduras, adversária do dia 25, na Arena da Amazônia, Hitzfeld conta ainda com jovens valores que brilharam no último Campeonato Alemão, como o volante Granit Xhaka, 21, e o atacante Josip Drmic, 21, autor de 17 gols em 33 jogos pelo rebaixado Nuremberg.

O lateral esquerdo Ricardo Rodriguez, 21, do Wolfsburg, foi um dos mais regulares da posição em toda a Europa e também merece atenção.

Por mais controverso que pareça, a defesa é o setor mais preocupante, formada pelos questionáveis Johan Djourou e Philipe Senderos. Mesmo reforçando o coro dos que se mostraram contrários à ideia de ter jogos da Copa em Manaus, Ottmar Hitzfeld não deve ter problemas com o clima nem com Honduras na Arena.

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