Técnico francês exalta atuação “fantástica” de Benzema na estreia

O treinador da França também falou sobre o segundo gol de sua equipe, que necessitou do uso da tecnologia do chip da bola

Porto Alegre – O técnico da França, Didier Deschamps, ficou muito feliz pela vitória de sua equipe neste domingo contra a seleção de Honduras e exaltou a atuação do atacante Karim Benzema, que marcou dois gols na vitória francesa por 3 a 0. “Karim foi fantástico. Ele marcou e foi decisivo”, disse o treinador, em entrevista coletiva à imprensa em Porto Alegre.

Deschamps salientou, porém, que, no geral, houve um espírito de equipe decisivo. “Escolhemos muito bem, de acordo com os adversários. Eu queria uma linha ofensiva móvel e rápida. Karim, Mathieu e Antoine a fizeram muito bem”, afirmou. “Os três foram muito bem e fantásticos e desestabilizaram a outra equipe”, avaliou.

Benzema também comemorou a vitória e lembrou da importância da estreia. “É a minha primeira Copa do Mundo e acho que estamos todos satisfeitos com o resultado”, destacou. “Era importante vencer este jogo”, acrescentou.

Para Deschamps, o começo da França foi positivo, já que uma vitória na estreia era muito importante. “Jogamos contra Honduras. Eles jogaram bem, defenderam bastante e com força, até conseguirmos fazer com que se abrissem no fim da primeira etapa”, disse o técnico, para quem os franceses poderiam ter feito mais gols na partida.

O treinador da França também falou sobre o segundo gol de sua equipe, que necessitou do uso da tecnologia do chip da bola para ser confirmado, já que a bola ultrapassou por apenas alguns centímetros a linha. “Me pareceu muito positivo porque o gol vale”, opinou, lembrando que o técnico adversário ficou irritado “O árbitro recebeu o sinal. O telão mostrou uma imagem que não correspondia ao gol. Correspondia quando a bola tocou o poste. Depois, quando o goleiro tocou nela, apareceu a imagem da bola ultrapassando”, continuou.

Deschamps ainda comentou sobre a substituição do meia Pogba, que havia recebido um cartão amarelo na primeira etapa. “Pogba recebeu uma falta grave e eu não o vi muito bem. Houve uma reação de sua parte que não teve consequências, mas que poderia ter”, afirmou o técnico. “No intervalo, eu disse para ele ter cuidado, porque tinha cartão”, informou, complementando fez o mesmo com os outros jogadores que tinha recebido o cartão amarelo.

O treinador francês também avaliou o ânimo dos componentes da equipe. “Meus jogadores estão felizes, mas com moderação. Eles têm conhecimento que responderam bem a este primeiro encontro, mas não há euforia”, analisou. “É a primeira partida e os jogadores sabem que têm um longo caminho pela frente”, considerou.

HONDURAS – Neste domingo, pela primeira vez em um Mundial, a tecnologia da linha do gol foi usada em um lance. O sistema foi utilizado para definir se a bola havia realmente ultrapassado a linha no segundo gol da França sobre Honduras, em lance difícil para o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci. Mas, apesar das imagens mostrarem que a bola efetivamente ultrapassou a linha, o técnico da seleção hondurenha, Luis Fernando Suárez, questionou o sistema após a partida.

De acordo com o colombiano Suárez, em um primeiro momento a tecnologia não acusou gol no lance em que o goleiro hondurenho Valladares acabou colocando a bola para dentro depois de finalização do atacante Karim Benzema. “Não estou chateado por conta do gol. Estou chateado porque a primeira decisão da máquina é que não havia sido gol. Se tecnologicamente o lance está claro, por que a bendita máquina disse que não havia sido gol e depois que sim? Qual é a verdade?”, questionou o treinador

A partida, realizada em Porto Alegre, terminou 3 a 0 para a França. Apesar de ter dúvidas sobre o segundo gol francês, Suárez reconheceu a superioridade do adversário. “Eles fizeram as coisas melhores do que nós. Não há desculpas. Eles mantém muito bem a posse de boa e foram futebolisticamente superiores”, admitiu.

Para o técnico, no entanto, a partida poderia ter sido diferente se Wilson Palacios não tivesse sido expulso ainda no primeiro tempo. “Poderíamos fazer as coisas de outra maneira se tivéssemos jogado com onze. Poderíamos ter conseguido outro resultado” afirmou. Suárez evitou criticar Sandro Meira Ricci pela expulsão. “O árbitro está lá para fazer justiça e fez o que considerou que tinha que ser feito”, disse.

O técnico defendeu sua equipe das insinuações feitas pelos franceses ao longo da semana de que Honduras joga de maneira violenta. “Busco jogar de forma intensa, mas respeitando o regulamento. Se extrapolarmos as regras, o árbitro pode nos dar um cartão vermelho e teremos que aceitá-lo, como hoje (domingo)”

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