Venezuela – O Ministério de Relações Exteriores da Argentina afirmou neste sábado (7) que rejeita a decisão do governo venezuelano de revogar a autorização para que o Brasil represente a Embaixada da Argentina na capital Caracas. Mais cedo, o Itamaraty disse que Brasil vai representar Argentina até que novo país seja escolhido. O governo brasileiro recebeu com surpresa a comunicação do governo venezuelano de que quer revogar acordo.
“A República Argentina rejeita esta medida unilateral e alerta o governo venezuelano que deve respeitar a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que consagra a inviolabilidade das instalações da missão. Qualquer tentativa de intromissão ou rapto dos requerentes de asilo que permanecem na nossa residência oficial será duramente condenada pela comunidade internacional. Ações como estas reforçam a convicção de que os direitos humanos fundamentais não são respeitados na Venezuela de Maduro”, disse o órgão argentino.
Segundo nota do Itamaraty, “enquanto não se designar outro país para representar os interesses argentinos, a situação permanece como está”. O governo brasileiro foi notificado pelo governo venezuelano, “mas informou que seguirá representando os interesses da Argentina na Venezuela até que seja designado um substituto.”
Há pouco mais de um mês, o Brasil assumiu temporariamente, a pedido do governo argentino, a representação diplomática argentina na capital venezuelana, após o presidente Nicolás Maduro decretar o fechamento da representação diplomática argentina e ordenar a expulsão do país dos diplomatas argentinos. Na ocasião, a bandeira do Brasil foi hasteada no lugar da bandeira Argentina.
A Venezuela também expulsou as missões diplomáticas do Chile, da Costa Rica, do Panamá, da República Dominicana e do Uruguai.
Forças de segurança do regime de Nicolás Maduro cercaram a embaixada da Argentina na Venezuela na noite desta sexta (6). Um coordenador de campanha da oposição, que está entre os seis asilados no local, afirmou que homens encapuzados estão nos arredores do prédio.
*Com informações do R7 e da Agência Brasil