Paris –Três amigos do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, 36, que está desaparecido desde terça-feira (26) em Paris, se dirigirão à polícia nesta segunda-feira (2) com itens pessoais dele, incluindo o celular, que estava bloqueado e foi encontrado em um vaso de plantas em um bistrô.
(Foto: Reprodução)
Os amigos, também brasileiros Rafael Basso e Pablo Araújo, e o francês Alex Gautier, estão ajudando a família, que reside em Candeias (MG), a reconstruir os últimos passos de Sousa nos dias anteriores ao seu desaparecimento, além de manterem contato com a polícia francesa e a diplomacia brasileira.
“Ele desapareceu de repente, quando estava tudo planejado para ele voltar ao Brasil. Até a meia-noite de segunda-feira (25), ele estava em contato com clientes. A polícia assumiu o caso, e desde então estamos acompanhando e pedindo atualizações. Nosso esforço é para que eles abram a mala e o celular dele e iniciem uma investigação para entender o que aconteceu”, afirmou Basso.
Natural de Belo Horizonte, Sousa chegou a Paris no dia 1º de novembro para participar de um casamento, acompanhado de Lucien Esteban, filho de franceses e sócio dele na empresa de fotografia Toujours, em Minas Gerais. Esteban retornou ao Brasil no dia 8, conforme planejado, enquanto Sousa permaneceu na capital francesa.
O último contato de Sousa com familiares e amigos foi no final da tarde de terça-feira (26). Na manhã desse mesmo dia, ele informou aos amigos que havia caído no rio Sena durante uma caminhada noturna e que passou a manhã no hospital Georges Pompidou.
Por conta do ocorrido, decidiu estender sua estadia em Paris por mais uma noite, indo até a agência que alugou seu apartamento.
Sousa deveria ter retornado ao Brasil na mesma terça-feira, já havia feito o check-in eletrônico, mas não apareceu no aeroporto. Com a falta de notícias, seus amigos se dirigiram até seu apartamento e o encontraram fechado, com a luz acesa. Entraram em contato com a agência, que abriu o local e recolheu seus pertences.
Após intensos telefonemas de amigos e familiares, o celular de Sousa foi encontrado em um vaso de plantas em frente a um bistrô localizado no 16º arrondissement de Paris, nas proximidades do rio Sena, onde ele havia informado ter caído.
Os últimos registros de Sousa no Instagram mostram fotos de pontos turísticos de Paris, como a Pont Neuf e o Museu do Louvre, além de imagens de Amiens, cidade a 160 km ao norte de Paris, na véspera de seu desaparecimento.
O Consulado-Geral do Brasil em Paris confirmou que está ciente do caso, em contato com as autoridades locais e prestando assistência consular aos familiares de Sousa. A reportagem tentou obter respostas da polícia de Paris, mas não obteve retorno até a noite de domingo (1º).
