Mulher descobre volta de câncer após diagnóstico de distensão muscular

A paciente tinha sido diagnosticada com melanoma maligno em 2019 e só descobriu a volta da doença após quatro consultas

Reino Unido – Holly Bedford, uma britânica de 32 anos, sobreviveu ao melanoma maligno há cinco anos, mas teve uma recidiva da doença que passou despercebida pelos médicos e foi confundida com uma distensão muscular, o que permitiu que o tumor se espalhasse para outras partes do corpo. O melanoma maligno é um tipo agressivo de câncer de pele que começa nas células produtoras de melanina e pode se disseminar rapidamente.

(Foto:Reprodução/Facebook/hollymaybedford)

Tudo começou em 2019, quando Holly, então com 27 anos, notou uma pinta na testa. Inicialmente, ela não se preocupou, mas procurou um médico por questões estéticas, já que a mancha estava bastante visível. A pinta começou clara, mas logo escureceu, o que a fez buscar ajuda especializada.

O diagnóstico de melanoma maligno foi confirmado, e a lesão foi removida. Após a cirurgia, ela foi monitorada com exames regulares, sem necessidade de tratamentos adicionais, apenas acompanhamento a cada três meses.

No entanto, um ano após a remoção, Holly começou a sentir dores no peito e procurou ajuda médica. Embora os exames mostrassem um aumento no timo, a condição não foi tratada nem investigada. Em 2024, após retornar ao Reino Unido de um período de trabalho na Austrália, ela começou a apresentar tosse persistente.

Inicialmente tratada com antibióticos, os sintomas não desapareceram. Em consultas subsequentes, foi diagnosticada com infecção viral e, depois, com distensão muscular. A dor no peito persistiu, levando-a a consultar um especialista novamente, que, ao relembrar da inflamação no timo, encaminhou Holly para uma tomografia computadorizada.

A tomografia revelou o retorno do câncer, agora em estágio quatro, com metástases no pescoço, tórax e abdômen. O melanoma, quando não tratado, pode se espalhar para outros órgãos via corrente sanguínea, e em estágio avançado, a taxa de sobrevivência é inferior a 50%.

De acordo com o Cancer Research UK, o melanoma é um dos tipos de câncer que mais tem crescido entre pessoas de 25 a 49 anos, com uma alta de mais de 60% desde os anos 1990.

Após o diagnóstico de recidiva, Holly iniciou o tratamento com inibidores, medicamentos que bloqueiam os fatores que estimulam a divisão e o crescimento das células cancerígenas. Devido à agressividade do tumor, ela não teve tempo de iniciar quimioterapia ou imunoterapia.

Os medicamentos visam conter a disseminação do câncer até que ela possa iniciar a imunoterapia. Uma tomografia recente, realizada em 15 de novembro, ajudará a determinar os próximos passos no tratamento.