Papa Francisco envia mensagens em homenagem às mulheres

Francisco enviou a mensagem do Hospital Gemelli, onde está internado desde 14 de fevereiro

Roma – Uma importante coincidência está sendo celebrada neste sábado (8) na Basílica Vaticana: o 50º aniversário do nascimento do Movimento Pró-Vida e o Jubileu do mundo do voluntariado. Para a ocasião, o Papa Francisco enviou do Hospital Gemelli, onde está internado desde 14 de fevereiro, uma mensagem, datada de 5 de março e lida pelo Secretário de Estado. “Apostar nas mulheres, na sua capacidade de acolhida, de generosidade e de coragem”, porque “o concebido representa cada homem e mulher que não conta”, diz o texto.

(Foto: Reprodução Instagram @Mazur/catholicnew)org.uk

São muitos os participantes da peregrinação promovida pelo próprio Movimento, com a passagem da Porta Santa e a Missa celebrada pelo cardeal Pietro Parolin.

Do Hospital Gemelli, Francisco enviou uma mensagem ao Movimento Pró-Vida, convidando-o a “apostar nas mulheres, na sua capacidade de acolhida, de generosidade e de coragem”, porque “o concebido representa cada homem e mulher que não conta”.

O Pontífice recordou o compromisso da organização ao longo dos anos, “em harmonia com a Igreja” e que “indica uma projetualidade diferente”, colocando “a dignidade da pessoa no centro”, privilegiando “aqueles que são mais fracos”.

O concebido representa, por excelência, todo homem e mulher que não conta, que não tem voz. Colocar-se ao seu lado significa ser solidário com todos os descartados do mundo. E o olhar do coração que o reconhece como um de nós é a alavanca que move essa projetualidade”.

Um serviço de proximidade

Francisco reconhece o valor do serviço prestado pelo Movimento Pró-Vida, “cujo primeiro broto foi o Centro de Ajuda à Vida, nascido em Florença em 1975” por iniciativa de Carlo Casini. Um serviço que depois foi ampliado com as Casas de Acolhida, os serviços SOS Vida, o Projeto Gemma e os Berços para a Vida, caracterizados pelo estilo “de aproximação e de proximidade com as mães em dificuldade por causa de uma gravidez difícil ou inesperada”, realizado com “franqueza, amor e tenacidade, mantendo intimamente unida a verdade à caridade para com todos”. Daí o incentivo “a buscar a tutela social da maternidade e a acolhida da vida humana em todas as suas fases”.

Cresce a cultura do descarte

Em um mundo em que os jovens são mais sensíveis ao cuidado da criação – observa o Papa – a cultura do descarte, ao invés, se difundiu. Por isso que é necessário um compromisso a serviço da vida, “especialmente quando ela é mais frágil e vulnerável; porque é sagrada, criada por Deus para um destino grande e belo”.

“Porque uma sociedade justa não se constrói eliminando nascituros indesejados, os idosos que não mais autônomos ou os doentes incuráveis”