Uma nova pesquisa feita pela Universidade do Texas Southwestern revelou uma relação intrigante entre o nível de inteligência durante a adolescência e o consumo de álcool na meia-idade. O estudo, conduzido por pesquisadores da universidade, avaliou os hábitos de bebida de mais de 8 mil participantes, com idades entre 53 e 65 anos, comparando-os aos QIs registrados no último ano de ensino médio. Os resultados mostram que, para cada ponto a mais no QI, a probabilidade de a pessoa consumir álcool de forma moderada ou pesada aumenta em 1,6%.
De acordo com uma matéria publicada no Daily Mail, que explica sobre o estudo, os pesquisadores definiram consumo moderado como ingerir de 1 a 29 “drinks” por mês para mulheres e até 59 para homens, enquanto o consumo pesado corresponde a mais de 30 “drinks” mensais para mulheres e mais de 60 para homens. Apesar da pesquisa ter associado níveis mais altos de inteligência a maiores chances de consumo excessivo, também constatou que esses indivíduos apresentavam menos chances de ter episódios de bebedeira, ou seja, consumir muita bebida alcoólica em episódios isolados, o que levanta questionamentos sobre a complexa relação entre inteligência, comportamento social e hábitos de consumo.
Outro ponto explorado pelos pesquisadores foi a influência da renda e do ambiente social no comportamento de consumo de álcool. Indivíduos com maior QI são mais propensos a buscar empregos de alta remuneração e estresse, onde o consumo social de álcool é mais frequente. No entanto, essa correlação com o estresse e a vida social também pode ser um mediador, explicando parcialmente a relação entre inteligência e os padrões de consumo de álcool na vida adulta.
Com o consumo de álcool aumentando entre pessoas acima de 50 anos, os autores da pesquisa acreditam que entender essa conexão entre QI e hábitos de bebida pode trazer novas perspectivas sobre a saúde pública, especialmente considerando os riscos elevados de condições como hipertensão, câncer e depressão associados ao consumo excessivo de álcool.