‘Pior assassino em série da Austrália’ pode estar à solta; entenda

Desde então, entre 1977 e 2009, dezenas de mulheres desapareceram misteriosamente

Austrália – A história do possível “maior assassino em série da Austrália” ainda pode estar em desenvolvimento. Supostamente, ele seria responsável por até 67 homicídios sem solução, ocorridos entre as regiões de Queensland e Nova Gales do Sul, na costa norte australiana, desde 1977.

Desaparecidas na Austrália: à direita, Narelle Cox (1977), e Rose Howell (2003) — (Foto: Reprodução/NSW Police; Australian Missing Person’s Register)

Em 1977, Narelle Cox, de 21 anos, desapareceu após ser vista em uma parada de caminhoneiros em Brunswick Heads, enquanto seguia para a praia em Byron Bay.

Desde então, entre 1977 e 2009, dezenas de outras mulheres desapareceram misteriosamente na mesma área. As suspeitas de que um único indivíduo possa estar por trás de todos esses casos são cada vez mais fortes. Supõe-se que ele ainda atue, mas com menor frequência.

“O pior assassino em série da história do país escapou impune,” declarou Jeremy Buckingham, parlamentar de Nova Gales do Sul. “É assustador que tenha levado tanto tempo para que o caso ganhasse atenção no Parlamento e do público,” continuou ele, propondo que os casos sejam reabertos com o foco em uma possível ação de um serial killer.

A polícia, entretanto, rebateu as alegações de Buckingham, negando qualquer conexão entre os casos e classificando suas declarações como “alarmistas”. O parlamentar respondeu: “É impossível acreditar que haja 67 assassinos diferentes que conseguiram escapar naquela área. Alguém cometeu esses crimes repetidamente.”

Nas redes sociais, a teoria de Buckingham encontrou apoio, especialmente entre mulheres que relataram suas experiências de serem seguidas ou temerem por suas vidas naquela região.

Uma delas, Hayley, relatou quase ter sido sequestrada enquanto caminhava para a praia em Byron Bay em setembro. “Ele parecia muito experiente. Não acreditei em como ele se aproximou rapidamente e com tanta discrição, como se estivesse me caçando,” disse Hayley em um vídeo no TikTok.

Laura Clare, residente de Nova Gales do Sul, comentou: “Se você é da região, já ouviu falar desse serial killer há algum tempo.” Para Buckingham, apenas falta a polícia reconhecer os “indícios claros”. Ele sugere que a Austrália pode enfrentar um caso ainda mais sombrio do que aquele protagonizado por Ivan Milat, que matou sete mochileiros entre as décadas de 1980 e 1990 e morreu aos 74 anos sem confessar participação em outros desaparecimentos.

Nesta semana, uma moção de Buckingham foi aprovada na Câmara Alta do estado, exigindo que a polícia libere arquivos de casos de desaparecimento em até 21 dias. No entanto, alguns documentos podem continuar restritos devido a investigações em curso.