EUA –Os quatro filhotes da rara tartaruga-de-Santa-Cruz nasceram no zoológico da Filadélfia, nos Estados Unidos, pela primeira vez em 150 anos de história do local.

(Foto:Reprodução/Instagram/@philadelphiazoo)
O zoológico, localizado no estado da Pensilvânia, divulgou na última quinta-feira (3) que os recém-nascidos são fêmeas e representam uma nova esperança para a sobrevivência da espécie, atualmente ameaçada de extinção.
Um marco na preservação da espécie
A diretora de Herpetologia e Aves da instituição, Lauren Augustine, diz que a conquista é um marco para a equipe de cuidados.
“Esta é uma conquista monumental para nossa equipe de cuidados com os animais, que trabalhou para fornecer as condições certas para a mamãe botar seus ovos e para que os ovos incubassem e eclodissem com sucesso”, disse.
O primeiro ovo de Mommy a gerar um filhote eclodiu em 27 de fevereiro. Porém, o monitoramento dos filhotes começou ainda em novembro de 2024, quando Mommy colocou 16 ovos.
A equipe de répteis e anfíbios do zoológico os desenterrou para incubar oito como machos e oito como fêmeas e segue acompanhando o desenvolvimento com esperança de que outros ovos possam eclodir.
A temperatura na qual os ovos são incubados determina o sexo dos filhotes. Em temperaturas mais quentes, a partir de 29,5°C, ocorre o desenvolvimento de fêmeas da espécie. Sob temperaturas menores, abaixo de 28°C, a tendência é a geração de uma prole de machos.
A mãe dos filhotes, a tartaruga Mommy, vive no zoológico desde 1932 e tem por volta de 100 anos de existência, sendo considerada a mais velha de sua espécie, e somente agora está reproduzindo os seus primeiros filhotes.
Os mais novos papais, Mommy e Abrazzo, são os responsáveis por gerar os mais novos integrantes da espécie, que, agora, somam 48 indivíduos nos EUA.
A importância do DNA da mãe e dos filhotes
De acordo com o Zoológico da Filadélfia, a tartaruga é considerada valiosa geneticamente para o plano de sobrevivência da espécie.
“Mommy é considerada uma das tartarugas de Galápagos mais valiosas geneticamente no Plano de Sobrevivência de Espécies (SSP) da Associação de Zoológicos e Aquários (AZA)”.
Por ainda não terem recebido nomes, as tartaruguinhas são diferenciadas pelos profissionais do zoológico com um pouco de esmalte não tóxico nos cascos.
“Este resultado bem-sucedido vem de anos de trabalho duro estudando o comportamento animal e fornecendo cuidados de alto nível. Até agora, os genes da mamãe não estavam representados na população da AZA, tornando esses descendentes extremamente importantes na proteção desta espécie.”, finaliza.
Apresentação ao público
Com apresentação dos novos integrantes da família ao público marcada para o dia 23 de abril, data que coincide com o 93º aniversário da chegada de Mommy ao local. Eles devem permanecer no zoológico da Filadélfia por ao menos cinco anos.
Por terem nascido há pouco tempo e serem frágeis, os filhotes estão alocados em um habitat seguro na Casa de Répteis e Anfíbios do zoológico. Eles têm sido mantidos separados dos pais, que são grandes a ponto de pesarem até 225 quilogramas.
Novos integrantes
O Zoológico da Filadélfia informou ainda que é possível que novas tartaruguinhas se juntem à família de Mommy e Abrazzo, visto que ainda há ovos da ninhada que podem eclodir em breve.