Manaus – Agressões físicas lideram atendimentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), 96 casos de facadas, tiros e outros tipos de ataques com diversos objetos são registrados, de acordo com o órgão, diariamente em Manaus.
A avaliação do gerente geral do Samu, Ruy Abrahim, revela que, em média, 2.880 casos de ataque físico, recebem o atendimento com ambulância por mês. A estatística representa 80%, do total de auxílios médicos oferecido pelo Samu na área metropolitana de Manaus.
Abrahim informou, que o número de trotes é expressivo, segundo ele, 800 ligações são recebidas por dia, dessa, apenas 15% resultam em atendimento com ambulância.
“Nosso maior problema é o número de trotes, 30% do total de ligações que recebemos são de crianças ou adolescentes fazendo brincadeiras que acabam atrapalhando os demais atendimentos”, disse.
O gerente explica que muitas ligações não se encaixam no critério de atendimento. Mulheres grávidas, cortes leves acidentais, febre alta entre outras mazelas não recebem atendimento de uma unidade médica do Samu.
Nesses casos, segundo Abrahim, o auxílio é realizado via telefone, com um médico que orienta o paciente de acordo com os sintomas apresentados.
“Às vezes a pessoa liga em trabalho de parto, com o filho apresentando quadro de febre alta, corta o dedo, corta o pé – nessas ocorrências realizamos o atendimento por telefone e orientamos o solicitante a procurar o hospital mais próximo. Muitas vezes a pessoa não quer um atendimento, que o transporte”, disse.
Sobre o tempo de espera, Abrahim afirma que o Serviço está apto a atender dentro do que estipula o Ministério da Saúde, a recomendação do órgão ministerial é que a unidade atenda em até 14 minutos. Atualmente, segundo Abrahim, o Samu atende entre 14 e 20 minutos.
“Temos problemas com o trânsito, mas como temos 10 bases distribuídas nas dez zonas da cidade conseguimos atender um paciente entre 14 e 20 minutos, fazemos o que podemos, mas o Samu não tem asas”, disse o gerente.
Para atender a região metropolitana de Manaus, o Serviço conta, segundo o órgão, cinco unidades de suporte avançado, com médico e enfermeiro; 27 de suporte básico com um profissional técnico de enfermagem e 10 ambulâncias de remoção hospitalar.
Números:
24 mil ligações acionando o 192, por mês
800 ligações para 192, por dia
240 trotes por dia
120 atendimentos, por dia
3.600 atendimentos por mês