Rio de Janeiro – O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, afirmou que o País não registrou problemas nos aeroportos durante a Copa do Mundo. Desde a abertura do Mundial, o índice médio de atraso foi de 6,5%, com dados atualizados do último boletim da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Nesta segunda-feira (16), foi registrado o maior índice desde então – 9% -, impactado pelo aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, que amanheceu fechado.
“São números muito abaixo do padrão internacional aceitável”, disse Moreira Franco. De acordo com o SAC, o índice de atraso tolerado pelo padrão internacional é de até 15%. Na Europa, a média foi de 8,4% em 2013, segundo dados do Eurocontrol, agência que monitora o tráfego aéreo na região. Já a média de cancelamentos ficou em 11,22%.
“Minha expectativa é que nas próximas semanas possamos manter o mesmo padrão de atendimento”, disse o ministro da Aviação. “Nós não temos tido problemas até agora. Os fatos ocorridos são fatos que estão dentro do que já tínhamos nos organizado para enfrentar, nada grave”, declarou.
O diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, informou que os indicadores estão dentro do esperado em todas as regiões do País. No Recife, o índice de atrasos está em 3,23%, enquanto em Confins chegou a 10,34%.
Segundo ele, a Anac estima um pico de até 15% para atrasos de voos enquanto os cancelamentos devem oscilar entre 5% a 10%. “Os números estão totalmente dentro do padrão de normalidade”, garantiu Guaranys.
Apesar da Copa, as passagens aéreas nacionais estão mais baratas. A Anac aponta que os preços giravam em torno de R$ 320,00, em média, no início do mês, contra um valor médio de R$ 360,00 praticado no segundo semestre do ano passado.
Infrações
Foram aplicados apenas 25 autos de infração por descumprimento de direitos de passageiros desde o início do mundial. “Não dá nem uma aeronave pequena da Azul”, comparou Guaranys.
A agência aplicou ainda 11 penalidades por fiscalização técnica, que incluem, por exemplo, permanência em solo por tempo maior do que o contratado ou documentos de pilotos com validade expirada. Na aviação executiva, as punições a aeronaves que desrespeitam o horário de slot ou que ficam mais tempo no solo vão de R$ 7 mil a R$ 93 mil. Em Guarulhos, uma aeronave particular procedente da Nigéria recebeu a pena mais rigorosa por ter permanecido por mais de 24h em solo, sem intenção de decolar.
“Por ser aeronave estrangeira, a penalidade, além da multa, é que a Anac suspendeu a autorização dela de navegar no País. Então, além de multa, a aeronave está suspensa de operar no País”, disse Guaranys. “Não tivemos maiores ocorrências durante esse período. Algumas excedências de permanência de solo, mas também dentro do padrão”, afirmou.