Manaus – O crédito pessoal ficou mais caro. Enquanto a média das taxas de juros dos empréstimos é de 141% ao ano, o crédito consignado tem patamares mais baixos, na casa de 35% em 12 meses.
De acordo com a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), as taxas destas operações subiram ininterruptamente nos últimos 12 meses, chegando a 3,41% por mês em maio, nos bancos, e a 7,29% ao mês cobradas por financeiras.
Para quem não pode evitar endividamento, a opção pelo crédito consignado é mais vantajosa. De acordo com a última sondagem do Banco Central, entre 27 de maio e 2 de junho, a média dos juros em empréstimos com desconto em folha foi de 35,45% ao ano, enquanto os créditos pessoais não consignados cobravam taxa de 141,27% ao ano, em média.
Segundo Miguel de Oliveira, diretor da Anefac, a dívida com desconto no contracheque oferece menos risco aos bancos, por isso, eles oferecem juros menores. “No empréstimo pessoal, o banco não tem muitas opções para receber em caso de inadimplência. No consignado, este risco é menor, já que ele debita o valor automaticamente na folha”, explica.
Ele afirma que, atualmente, o consignado representa 70% dos empréstimos pessoais feitos a pessoas físicas em todo o País.
Apesar da popularidade do crédito consignado, o momento não é ideal para endividamento. “O custo do dinheiro está muito alto, e a tendência dos bancos é enxugar o crédito para não haver inadimplência”, afirma Ruy Cardoso, professor de Finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie.