Manaus – Sem redutor de velocidade, passarelas e com poucas faixas de segurança, a Avenida Cirilo Neves, que dá acesso à Ponte Rio Negro, na Compensa, zona oeste de Manaus, representa risco aos moradores da área, afirma o Conselho Interativo de Segurança da Zona Oeste, que registrou 18 mortes por atropelamento na avenida em 1 ano.
Para os moradores, faltou uma atenção das autoridades após a construção da ponte. “Esqueceram de implantar medidas de segurança nas pistas. Aqui só há faixas de pedestres, que inclusive estão apagadas. Não há respeito dos motoristas que acessam a ponte com os pedestres”, disse a autônoma Valdelir Leal, de 45 anos.
Morador do local e presidente do Conselho, Alexandre Nunes disse que há três escolas e oito empresas instaladas na avenida. “As pessoas que utilizam as escolas e fábricas precisam passar de um lado para o outro e, frequentemente, se arriscam porque não há um redutor de velocidade e câmeras de fiscalização. É terra sem lei”, disse Nunes.
“Por ser uma avenida larga, complica mais ainda, uma vez que o tráfego é intenso. Queremos tratar isso com os órgãos para que se resolva e se evite esses acidentes”, explicou o líder comunitário.
Ângelo André, também morador da área, disse que é testemunha de vários acidentes na avenida. “Tenho vídeos com imagens dos acidentes, é constante esse caso por aqui. Já registramos 18 mortes por conta dessa desatenção dos motoristas, que usam a via em alta velocidade, fora as ocorrências sem mortes”, informou.
O Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) informou que o órgão aguarda solicitação dos moradores para fazer um estudo técnico de qual seria a sinalização mais indicada para ser instalada na avenida.
O diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran), Leonel Feitosa, informou que a partir de julho seis câmeras serão instaladas na ponte Rio Negro para monitoramento do tráfego em toda a sua extensão.