Eletrobras Amazonas Energia quer tarifa maior para o Estado

Pedido de aumento na conta de luz foi feito pela Eletrobras Amazonas Energia à Aneel. O valor atual da tarifa residencial de energia elétrica é R$ 0,31024 por quilowatt-hora (kWh).

Manaus – A Eletrobras Amazonas Energia quer aumentar em pelo menos 7% a tarifa de energia elétrica a  partir de 1º de novembro, conforme pleito da concessionária apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que divulgará se autoriza o reajuste ainda este mês. Nesta quarta o presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz, deu novo prazo para resolver as quedas de energia elétrica na cidade.

O percentual de 7% considera a variação da inflação pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no período de 11 meses: de novembro de 2009 até setembro deste ano.

O diretor de Operaçãoes da Eletrobras Amazonas Energia, Nelson Leite, disse que, além da inflação, a concessionária apresentou outros ‘motivos técnicos’, não detalhados por ele, para tentar obter um reajuste maior que a variação da inflação.

O diretor preferiu não comentar qual o percentual de reajuste considerado ideal pela concessionária. Ele afirmou que a definição da nova tarifa depende da Aneel, que avaliará os motivos apresentados pela Eletrobras Amazonas Energia e definirá qual o percentual de aumento da tarifa de energia elétrica será aplicado para os consumidores da empresa.

Tarifa atual

O valor atual da tarifa residencial de energia elétrica no Amazonas é R$ 0,31024 por quilowatt-hora (kWh). Uma família de cinco pessoas que consome em média 300 kWh por mês, paga atualmente R$ 93,08. Com o novo reajuste de no mínimo 7,4%,  essa família pagará pelo menos R$ 100,04 na conta de luz, se consumir os mesmos 300 kWh.

A tarifa residencial de energia elétrica no Amazonas ocupa o 42º lugar entre as tarifas aplicadas por 60 empresas concessionárias do Brasil. O primeiro lugar aponta a tarifa mais cara do País.

A média de crescimento nacional do consumo de energia no ano foi de 5%, segundo o presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz. Ele disse que o crescimento do consumo no Amazonas, da ordem de 14%, aliado à falta de estrutura do sistema de distribuição de energia para suportar esse consumo, levaram às constantes quedas no fornecimento de energia vivenciadas em Manaus nos últimos dois meses.

O presidente da Eletrobras está trabalhando em Manaus, e não na sede da estatal em Brasília, desde o início desta semana por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu urgência na solução para o fornecimento de energia. Ele deve ficar na cidade até que os apagões sejam resolvidos.

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