Manaus – Operação da Polícia Federal (PF) em duas casas de bingos na zona centro-sul, resultou na apreensão de equipamentos, cofres e quase cem computadores utilizados nos ‘jogos de azar’. Alguns deles já haviam sido apreendidos pelo órgão no ano passado e ainda possuem um selo de apreensão.
Segundo o delegado federal, Domingos Sávio Pinzon, os equipamentos apreendidos em uma casa de bingo na Avenida Constantino Nery, zona centro-sul, na noite de quinta-feira, 3, já haviam sido apreendidos em março do ano passado no bairro Vieiralves, zona centro-sul, por agentes federais e foram liberados por determinação judicial.
Pinzon disse ainda não saber quem são os proprietários dos equipamentos e do local. “Temos que fazer ainda análise dos documentos apreendidos e confrontar depoimentos a fim de verificar quem é o responsável pelas casas”, frisou.
Ainda na quinta-feira, foi realizada outra operação que resultou na descoberta de outra casa de bingo, na Rua São Luis, Adrianópolis. Havia cerca de 30 jogadores em cada um dos locais. A Polícia também apreendeu dois cofres fechados, que ainda não foram periciados, além de quase cem computadores e equipamentos eletrônicos. “Em alguns computadores havia até selos da PF oriundos da apreensão do ano passado” revelou.
O delegado disse que os equipamentos serão encaminhados novamente à Justiça e será proposta a pena de perdimento do material para doação deles à alguma instituição ou que sejam revertidos no combate ao crime.
Segundo Pinzon, o gerente da casa na Constantino Nery, identificado apenas como Marcelo, foi reconhecido pelo delegado como o mesmo que atuava na casa onde foi realizada operação semelhante no ano passado. Ele foi novamente autuado por contravenção penal e os clientes que estavam na casa no momento da abordagem foram relacionados e a lista será submetida à Justiça.
“A Polícia Federal continuará investigando para saber quem são os reais proprietários destas casas de exploração de jogos de azar, a destinação dos valores e também a possível prática de outros crimes como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e corrupção de agentes públicos”, disse.
Para tentar driblar a ação da polícia, os computadores não mantinham os programas de jogos de azar salvos em seus discos rígidos. Para operacionar os programas, era usado um servidor externo localizado em outra vila distante alguns metros de onde aconteciam as apostas. “Havia diversas residências e nós não tínhamos mandados de busca, mas o crime de exploração de jogos pode ser comprovado pela perícia realizada no local e pelos depoimentos das pessoas detidas”, disse o delegado federal.