Manaus –O presidente da Associação de Delegados de Polícia do Estado do Amazonas (Adepol/AM) e delegado geral adjunto da Polícia Civil, Mário Aufiero, disse que o indicativo de greve dos escrivães e investigadores já foi entregue à Delegacia Geral e à Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). “A coisa está sendo controlada, a direção da Polícia Civil já está sabendo e esperamos que a situação se resolva”, disse.
A paralisação, a exemplo da ameaça feita pelos policiais militares mês passado, vem sendo divulgada nas redes sociais. O indicativo definiu a data de paralisação para o dia 13 deste mês. Entre os motivos para a greve estão melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
As mensagens na internet também apelam ao medo e à insegurança, recomendando que moradores e comerciantes permaneçam em casa e fechem as portas, respectivamente, porque a Polícia Civil não realizará prisões e investigações.
De acordo com o secretário de Segurança, Paulo Roberto Vital, caso a greve se concretize, caberá à secretaria tomar as medidas cabíveis para que o atendimento à população não seja prejudicado.
Vital comentou também sobre o salário dos delegados, que não aparecem entre os adeptos da paralisação nas redes sociais. O secretário afirmou que o governo paga aos servidores o que é permitido pelo orçamento. “Tomaremos medidas para que as delegacias não parem suas atividades. E sobre os salários, não adianta o governo prometer o dobro se os recursos não permitem”, disse.
Reajuste
Com reajuste de 10% concedido pelo governo do Estado aos servidores públicos, com a data base dos policiais no último dia 21 de abril, o salário base de um delegado no Estado é de R$ 10.153,54. Em janeiro de 2015, os delegados terão um reajuste de 6,15%. “Como todos têm pós-graduação, este valor sobe para R$ 12.691, um incremento de 25%. O Amazonas é um dos poucos que têm data base, enquanto os outros apesar dos aumentos exorbitantes, ficam de cinco a seis anos com os salários congelados”, afirmou Aufiero.