UGP admite que falta dinheiro para monotrilho em Manaus

Ainda que a Caixa Econômica Federal libere o dinheiro retido há mais de um ano por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministérios Público Federal e Estadual não há como realizar a obra.

Manaus – O coordenador da Unidade Gestora de Projetos da Copa de 2014 em Manaus (UGP), Miguel Capobiango, admitiu que o principal entrave para o andamento das obras do monotrilho é o financeiro. Ainda que a Caixa Econômica Federal libere o dinheiro retido há mais de um ano por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministérios Público Federal e Estadual não há como realizar a obra.

“A Caixa disponibilizou R$ 600 milhões, porém são necessários cerca de 750 milhões a mais. Há necessidade de  buscar outros agentes financeiros”, afirmou o coordenador.

Segundo Biango, o objetivo principal da obra não é a Copa do Mundo de 2014 e sim a melhoria do transporte coletivo de Manaus. “O objetivo do Monotrilho não é a Copa de 2014. A cidade carece de transporte coletivo de qualidade. O fato de não estarmos trabalhando para a Copa do Mundo não quer dizer que não faremos o possível para conseguir entregar antes”, assegurou.

O governador Omar Aziz, em entrevista durante a inauguração do Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Cinthia Régia, na tarde desta terça, confirmou que o projeto do monotrilho não é fundamental para a Copa do Mundo, mas funcionará como um legado para a cidade.

“Nós não temos que fazer um projeto de mobilidade urbana pensando exclusivamente em uma Copa que vai ter três ou quatro jogos na cidade. Nós temos que pensar em um projeto que vai servir para Manaus nos próximos 20 ou 30 anos. Até porque nem toda população de Manaus estará no estádio”, disse Omar. 

Segundo o governador, o projeto do monotrilho já foi licitado e  o que falta é saber como este será integrado com o Bus Rapid Transit (BRT, idealizado pela prefeitura de Manaus). “O principal de tudo é saber de onde será tirado o restante da verba necessária para a realização das obras”.

Quanto ao monotrilho estar pronto para a Copa, o governador admitiu que o que deve estar pronto é o estádio. “O que deve estar pronto para os jogos é o estádio ou então não há futebol”.

O governador disse também que respeita a posição do TCU e do Ministério Público e, de certa maneira, concorda. Omar disse estar aberto para discutir com qualquer órgão fiscalizador e com a sociedade sobre o assunto.

“O que eles querem eu também quero, preço justo, transparência e transporte de qualidade para a população”, afirmou Omar.