Manaus – Nesta quinta-feira (28), às 19h, acontece no Teatro da Instalação, localizado no Centro de Manaus, mais um evento cultural de arte contemporânea. O Balé Experimental do Corpo de Dança do Amazonas se apresentará em mais um espetáculo da temporada de “Plutão (Já foi planeta)”, do projeto Alma de Um Poeta, que leva ao público questionamentos sobre a vida e a morte, preconceitos sociais e demais temas da atualidade por meio da dança.

Espetáculo se baseia no poema ‘Tempo de Uiaúa’, do amazonense Anibal Beça (Foto: Wander Luis/Divulgação SEC)
A montagem, que já foi encenada no Teatro Amazonas e no Sumaúma Park Shopping, dessa vez levará ao palco do Teatro da Instalação efeitos visuais novos por meio da iluminação, cenografia e projeções, encenando para o público o lado místico da dança contemporânea com performances que fazem com que o ser humano reflita sobre seu comportamento perante a sociedade.
Esse espetáculo se baseia no poema “Tempo de Uiaúa”, do amazonense Anibal Beça, e leva ao palco, por meio da dança, uma reflexão crítica sobre a situação das minorias sociais estabelecendo uma relação entre elas com Plutão, considerado Planeta Anão em 2006, por não se adequar às dimensões associadas a essa categoria. A leitura abrange ainda o discurso astrológico, que afirma que o astro celeste também revela todos os problemas de um indivíduo, fazendo-o conhecer do inferno ao divinal.
Segunda coreografia da atual temporada do projeto Alma de um Poeta, “Plutão” foi desenvolvida pelo bailarino Rodrigo Vieira, com execução do Balé Experimental do Corpo de Dança do Amazonas. A direção do projeto é de Monique Andrade, diretora do Balé Experimental. O espetáculo é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, com entrada gratuita.
Alma de um Poeta
Iniciado em 2015, durante um workshop do Corpo de Dança do Amazonas para o Balé Experimental, o projeto Alma de um Poeta de Dança Contemporânea tem como proposta de homenagear escritores e poetas amazonenses renomados, compondo um olhar crítico e filosófico sobre as entrelinhas do balé.
Construído a partir de pequenas performances, o projeto foi inscrito no Ministério da Cultura e aprovado em 2016. Obteve, ainda, aprovação junto ao programa Boticário na Dança, pelo qual foi patrocinado e lançado, e hoje conta com uma média 14 espetáculos realizados apenas na primeira temporada, de março a julho deste ano, com estimativa de quase 2 mil espectadores.