“A Anitta virou um arquétipo. Pode falar em qualquer lugar de ‘Anitta’ que você vai ter uma ideia de como ela vai se comportar, o que ela vai dizer, o que ela vai apresentar. E esse arquétipo não estava mais representando o que eu estava sentindo por dentro. E em alguns momentos eu estava tendo que representar esse personagem e não estava sendo essa pessoa que sou”, afirmou.
A cantora aproveitou para desabafar que sempre abriu mão do lado pessoal para trabalhar.
“Quando eu comecei a embarcar na busca por autoconhecimento, percebi o quanto eu estava me deixando de lado para viver o trabalho. Sempre abri mão do lado pessoal para trabalhar. Um exemplo [do que mudou] foi o Grammy deste ano, quando fui nomeada. Para estar presente teria que trocar as datas do ensaio e colocar nas datas das minhas férias. Até três anos eu teria trocado o que fosse para estar presente, até pouquíssimo tempo eu abri mão de coisas muito importantes para ir a lugares que me levariam mais longe. Mas agora entendi que tantos anos que passei me dedicando a Anitta e a construir essa carreira, muitas vezes não tinha a ver com a pessoa que eu me sentia por dentro”, explicou.
Segundo a artista, a ideia é que as pessoas se identifiquem com a sua história.
“A minha maior intenção com o filme é que não fosse egocêntrico, queria um filme que trouxesse algo para as pessoas, que expusesse para as pessoas que todos nós temos essa dualidade e máscaras sociais, todos nós temos um comportamento com a família, outro com amigos, outro no ambiente de trabalho, outro na sexualidade, outro quando estamos sozinhos. A minha intenção era mostrar que tudo é parte da gente”, destacou.
“Não é um filme só sobre Larissa, sobre Anitta. É um filme que traz reflexão sobre todas as pessoas e o que elas estão fazendo por suas vidas. Por que que a gente deixa de se importar com o que sentimos para se importar com o que os outros pensam? O filme vem para falar sobre tudo isso e utiliza da minha vida como Larissa e como Anitta para falar desse tema”, completou Anitta.