Influenciador alvo de piada capacitista processa Leo Lins: ‘Atos criminosos’

Durante um show de stand-up, o comediante debochou da deficiência de Baron; o vídeo viralizou nas redes socias

Rio de Janeiro- O influenciador Ivan Baron, alvo de uma piada capacitista, afirmou nesta segunda-feira (18) que está processando o humorista Leo Lins. Durante um show de stand-up, Lins debochou da deficiência de Baron. O vídeo viralizou nas redes socias.

(Foto: Reprodução/ Instagram)

“Esses atos são criminosos e não podem mais ser tolerados nos tempos em que vivemos, principalmente quando nos propomos a lutar por uma sociedade mais inclusiva e aberta para diversidade. Ações judiciais já estão sendo tomadas porque não dá mais para tratar como algo que não aconteceu”, disse ele em uma publicação nas redes sociais.

No início do mês, Lins virou réu em um processo por fazer piadas preconceituosas e por “promover ódio e enredos discriminatórios, injuriosos e humilhantes, notadamente contra negros, pessoas com deficiência e nordestinos”. A informação foi divulgada em nota pelo MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo).

Ainda de acordo com o comunicado emitido pelo órgão, o comediante “desafia autoridades de vários Estados em seus shows e nas redes sociais”.

“Delitos de ódio praticados pelo humorista tornaram-se alvo de uma força-tarefa do MPSP por intermédio do CyberGaeco e da Promotoria de Direitos Humanos […] As autoridades atuaram no sentido de impor multas caso o humorista seguisse divulgando conteúdos capazes de humilhar, constranger e injuriar minorias.”

A Justiça bloqueou as contas bancárias de Leo Lins e um valor de R$ 300 mil. Além disso, o canal do humorista no YouTube e sua conta no TikTok foram suspensos por 90 dias.

Vale lembrar que essa também não foi a primeira vez que o comediante foi alvo de polêmicas. Em maio, ele foi obrigado a retirar um show de humor da internet que continha brincadeiras consideradas preconceituosas. Na época, Lins também ficou proibido de publicar nas redes sociais novos conteúdos que pudessem ser considerados ofensivos ou manter disponíveis vídeos e publicações com “conteúdo depreciativo ou humilhante”.