São Paulo – Após a divulgação da informação de que o pivô da prisão de Deolane Bezerra teria sido um carro de R$ 4 milhões que a advogada comprou da empresa Esprotes da Sorte, Daniele Bezerra, uma das irmãs da influenciadora se pronunciou, nesta sexta-feira (6).
A Esportes da Sorte é uma casa de apostas alvo da operação da Polícia Civil de Recife contra lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais. O jornal Folha de S. Paulo informou que a empresa de publicidades de Deoalane, a Bezerra Publicidade e Comunicação LTDA, comprou a Lamborghini Urus roxa da Esportes da Sorte e vendeu o veículo logo em seguida.
O fato teria chamado a atenção das investigações da polícia, pois a compra e venda rápida de bens de luxo é uma prática comum de lavagem de dinheiro. A irmã de Deolane deu outra versão.
“Ela não revendeu o carro, o carro está com ela. Ela simplesmente comprou, pagou, declarou à Receita [Federal] um carro. No máximo, deveriam apreender o veículo, não a Deolane, ela é terceira de boa fé. Quando aos valores que ela recebeu por publicidade, todos os grandes influenciadores do Brasil divulgam, a mesma empresa e receberam. Não há um real recebido e no processo da Deolane que não tenha sido declarado e os respectivos tributos pagos, bastava somente uma intimação que apresentaríamos todos os documentos, mas com a nossa família é diferente, primeiro prendem, apreendem, humilham, inventam mentiras e, somente depois de tudo isso e muita luta, provamos nossa inocência” declarou Daniele em um comentário de uma página de fofocas no Instagram.
Ainda segundo informações da Folha de S. Paulo, a juíza Andréa Calado da Cruz disse ao autorizar os mandados de busca e apreensão e as prisões que as medidas deveriam ser aplicadas com urgência para evitar que os “os investigados se desfaçam dos bens produto do crime”. “Há indícios suficientes do cometimento do crime de lavagem de capitais”, diz a magistrada na decisão.
Para a juíza, a compra e venda do carro por Deolane “sugere uma tentativa de ocultar e disfarçar a origem ilícita dos recursos”. Calado da Cruz também pontua que “a compra e venda rápida de um bem de alto valor é um método clássico de lavagem de dinheiro”.
Em depoimento à polícia, Deolane declarou que recebia dinheiro da Esportes da Sorte por meio de contratos publicitários e negou qualquer envolvimento com a suposta lavagem de dinheiro.