Manaus – Uma história misteriosa e repleta de pegadinhas. É assim que a escritora Ierecê Barbosa descreve seu novo livro ‘O Homem que Jantava Sozinho’. O romance, que passeia por ensinamentos filosóficos, apresenta a história de Joelma, uma pesquisadora social que está intrigada pelo porquê de um homem de meia idade e milionário, chamado Victor, jantar todas as noites sozinho, em um restaurante oriental, e escolher como companhia vinhos e livros na mesa.
O título é a edição do meio de uma trilogia iniciada com ‘Os Anjos também Surtam’, de caráter psicopedagógico, e finalizada pelo ainda em produção ‘Leilão’, de viés antropológico. “São romances paradidáticos, nos quais o leitor aprende com essa estratégia narrativa, dentro da trama, sem querer”, explica Ierecê.
O enredo, que tem como cenário os Estados do Amazonas e Pará, parte do mistério do personagem que todo dia vai ao mesmo restaurante e é entrelaçado com histórias de amor, tragédias, intrigas, ambições e escolhas equivocadas de indivíduos comuns.
“Quando estava em produção, o livro foi sendo criado em pedaços de histórias, que se juntavam numa só. Ele é todo verdadeiro, mas com múltiplas histórias”, conta Ierecê, que afirma que a publicação é destinada ao público em geral, mas pelo fato de ‘conversar’ com a filosofia, pode ganhar mais apreço pelo universitários.
Segundo Ierecê, o leitor da obra tende a tornar-se mais compreensivo com as ações humanas. “Ele é bem intrigante. ‘O Homem que Jantava Sozinho’ mostra que riquezas materiais não trazem felicidade e que o êxito na vida não encontra-se no dinheiro. Você pode fazer do paraíso um inferno e de um inferno, um paraíso”, disse, ao reforçar que o livro promove uma reflexão sobre a vida.
A homofobia também é apresentada no livro, apontando o amor homoafetivo como algo que merece respeito. “A gente observa como é sofrido quando as pessoas passam por esse tipo de preconceito”, conta.
A autora
Com 25 livros publicados, Ierecê Barbosa é pedagoga, jornalista, profissional de Relações Públicas e psicanalista clínica. Atualmente, é professora da Universidade Federal do Amazonas (UEA) e do Centro Universitário do Norte (Uninorte).
