Nos EUA, novo ‘007’ estreia abaixo das expectativas nas bilheterias

Arrecadação mostra que até mesmo uma das maiores marcas da história do cinema ainda precisa lidar com os reflexos da pandemia

São Paulo – Sem Tempo para Morrer, o mais recente filme da franquia James Bond, estreou com US$ 56 milhões (R$ 308 milhões) na bilheteria doméstica dos Estados Unidos, abaixo das expectativas e em um sinal de que até mesmo uma das maiores marcas da história do cinema ainda precisa lidar com um panorama da indústria cinematográfica dramaticamente alterado pela pandemia de Covid-19.

Franquia tem vários parceiros de marketing e acordos auxiliares (Foto: Divulgação/MGM)

Antes do fim de semana, projetava-se que a produção arrecadaria entre US$ 60 (R$ 330 milhões) e US$ 70 milhões (R$ 380 milhões) nos primeiros três dias de lançamento. Embora não seja um desastre, esperava-se que a bilheteria do fim de semana fosse maior porque o filme recebeu críticas positivas e foi o último com Daniel Craig como o elegante agente secreto.

Para alguns filmes, especialmente durante a pandemia, um fim de semana de estreia de US$ 56 milhões seria motivo para alegria. Mas Sem Tempo para Morrer não é um filme normal. Teve um orçamento de produção de US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhão), sem falar em mais de US$ 100 milhões (R$ 551 milhões) gastos em marketing.

Acrescentam-se ainda dezenas de milhões de dólares para adiar o lançamento, que deveria ter ocorrido em abril do ano passado, antes de a pandemia alterar os planos.

Especialistas em bilheteria estimam que Sem Tempo para Morrer precisaria fazer pelo menos US$ 800 milhões (R$ 4,4 bilhões) na bilheteria global para gerar dinheiro exclusivamente em sua janela nos cinemas. A franquia tem vários parceiros de marketing e acordos auxiliares.

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