Manaus – No fim do seu mandato, o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), o escritor Marco Luchesi, decidiu conhecer mais sobre a diversidade cultural do País e esteve em Manaus, neste fim de semana. Ele destacou três motivos que o fizeram visitar a capital.

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“Fiz questão de vir a Manaus antes do fim do mandato por três motivos: conhecer a terra de amigos queridos, reduzir as distâncias e aproximar dos nossos grandes valores culturais, além do ecológico. Aliás, o país que tem 300 línguas tem o ‘soft power’, a verdadeira riqueza e não o minério”, ressaltou Luchesi.
O escritor se reuniu com lideranças indígenas residentes em Manaus, depois de visitar a Mostra de Arte Indígena, em exposição na sede do Concultura, Palácio Rio Branco, Centro.
Luchesi comentou, principalmente, como escritor, sobre a importância da leitura e diversidade. “O meu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras foi que a diversidade salvará o país e, de fato, é o que nós estamos vendo. E, essa diversidade na Amazônia, nós temos um símbolo muito importante que é o plurilinguismo. Quanto mais um país tiver línguas vivas, redescobertas e que esteja encarnada na sua população, mais rico ele é. A riqueza está na língua, na preservaçao das culturas. Portanto, a Amazônia representa um futuro essencial para o país e o planeta”, destacou.
O escritor também pontuou sobre um projeto de incentivo à leitura que o ABL tem em parceria com a Marinha do Brasil, a fim de levar livros para comunidades ribeirinhas. Esse foi, inclusive, um dos motivos pelos quais Luchesi veio a Manaus, para entrega de exemplares na comunidade de Novo Airão. De acordo com o presidente, existe uma “fome” de leitura, desde o cárcere às comunidades indígenas. “Há duas fomes no país e uma delas é de leitura. Então smepre que possível inserimos um livro na cesta básica. E nós temos um protocolo inteterno firmado com a Marinha que é de levar os livros para comunidades ribeirinhas e esse já vem acontencendo durante a pandemia e agora vou estar presente em uma das viagens”, explicou o escritor.