Manaus – Bruno Nunes Brito, 26, membro de um grupo criminoso e apontado como autor das mortes de um rival e de um agente de segurança, foi preso nesta terça-feira (2) em Manaus. No momento da prisão, ele tinha em sua residência armas de fogo e munições para fuzil.
Os dois crimes ocorreram no dia 11 de novembro de 2023. De acordo com o delegado João Atasimas de Lima, que está à frente da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICO), do Ministério da Justiça, Bruno é considerado um criminoso perigoso no estado do Amazonas, vinculado a uma facção criminosa e que se intitulava “armeiro”.
A força integrada conseguiu identificar onde Bruno ficava escondido, e na manhã do dia 1º para esta terça-feira (2), ele foi capturado no município de Presidente Figueiredo.
A primeira vítima foi o agente de segurança identificado como Victor Lopes, 24, na comunidade do Parque São Pedro, no bairro Tarumã, zona oeste da cidade. A segunda é Vaner Bulcão da Silva, 35, morto dentro de uma embarcação que estava aportada no porto de Manaus, no bairro Centro, na zona sul da cidade.
Morte de agente de segurança
A delegada Marília Campelo, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), informou que o agente de segurança Victor não tinha envolvimento com o crime, havia passado no concurso da Polícia Militar e foi morto na frente de sua mulher.
“O homicídio do Victor Lopes aconteceu na madrugada do dia 11, no Parque São Pedro, ali no Tarumã. O Victor, que era um agente de segurança, que não tinha envolvimento algum com crime, havia passado também no concurso da Polícia Militar, foi um crime que chocou bastante. O Bruno não assume a autoria da morte, mas nós temos provas técnicas que demonstram o total envolvimento dele. Eles mataram o Victor na casa dele, na frente da esposa dele, subtraíram seu celular, subtraíram sua moto e a mesma motocicleta que eles subtraíram do Victor, eles utilizaram para ir até o centro de Manaus e matar essa outra vítima no mesmo dia, só que pela tarde, dentro de uma embarcação”, disse a delegada.
Ainda segundo a delegada, Victor encontrou uma arma, que provavelmente seria da facção a qual o Bruno pertence, enterrada no quinta da sua casa e a entregou para a polícia.
“A morte do Victor muito provavelmente está ligado ao fato de que meses antes, no mês de agosto de 2023, ele encontrou uma arma de fogo enterrada no quintal dele e entregou aquela arma de fogo às autoridades policiais. Essa arma de fogo era de uma facção criminosa, a facção a que o Bruno pertence e que lidera ali naquela área do Tarumã e por essa razão, essa é a motivação do crime do Victor”, completou.
Morte de rival
A polícia explicou que no caso da morte de Vaner a motivação foi uma briga entre facções rivais já que a vítima pertencia a outro grupo criminoso diferente da qual Bruno pertence.
“O Bruno é pistoleiro, armeiro de facção, ele é responsável por um ponto de drogas ali no Tarumã, e estava sendo procurado já há algum tempo. Nessa morte do Vanner, que foi dentro de uma embarcação, tem umas imagens dele inclusive, entrando no local com arma de fogo, em punho, e ele assume o crime. Ele fala que é uma guerra entre as facções, essa pessoa que ele matou, segundo ele, pertence a uma facção rival e por isso ele foi lá para acabar com a vida desse homem. Só que nós não encontramos nenhum boletim de ocorrência, nenhum registro criminal em nome dessa outra vítima”, explicou a delegada Marília.
Na morte de Vaner, segundo a delegada, existe a participação de um comparsa identificado como Gabriel que já foi assassinado també durante uma briga entre facções criminosas.
“Existe a participação de outras pessoas. O comparsa do Bruno na morte do Vanner, que é o Gabriel foi morto em dezembro de 2023 também nessa situação de tráfico de drogas, nessa rivalidade entre as facções e as outras pessoas envolvidas na morte do Vitor também já foram identificadas e logo mais a gente pretende apresentar aqui também com o mandado de prisão cumpridos”, contou.