Manaus- A empresária e a médica, que tinham 62 e 39 anos, respectivamente, mortas durante um ataque criminoso no município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus), foram usadas de escudo pelos criminosos. A informação foi confirmada pela polícia durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (26).

(Foto: Reprodução Rede Social)
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Coari, José Barrados, existe uma disputa por tráfico de drogas no município e o ataque no bar teria sido motivado por essa disputa.
”Algumas semanas atrás a polícia identificou que os piratas de rios tomaram uma grande quantidade de drogas que estava com os traficantes colombianos e outra facção criminosa aqui do Estado, e através disso essa facção determinou que os soldados fossem até esse bar onde estavam conspirados com outros meliantes que estavam nesse bar armados”, relatou o delegado sobre a ação dos criminosos.
O delegado afirmou ainda que no dia do ataque houve um intenso tiroteio.
“Foi um intenso tiroteio nesse dia, e as vítimas tanto a empresária como a médica, elas foram usadas como escudo de defesa pela facção dos piratas dos rios, infelizmente elas ficaram no fogo cruzado, foram alvejadas, ainda foram socorridas do local, levadas ao hospital, chegaram lá consciente e conversando mas devido a gravidade dos ferimentos elas não resistiram”, relatou o delegado.
Prisão dos suspeitos
Arizonilson da Silva de Souza, 24; Eduardo da Silveira Moriz, 20; João Carlos Ribeiro da Silva, 28, presos nesta semana suspeitos de envolvimento no ataque a um bar no município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus), teriam realizado o crime por disputa por território e distribuição de drogas nos rios. Na ocasião, uma médica, e uma empresária que não tinham envolvimento com a ação foram mortas a tiros.
O crime ocorreu na noite do último domingo (21). Na ação, cinco homens chegaram ao bar e efetuaram diversos disparos contra dois homens, de 23 e 24 anos, que estavam no local. Os tiros atingiram uma empresária e uma médica, que tinham 62 e 39 anos, respectivamente, que foram a óbito e não tinham relação com os autores, tampouco com os alvos.
De acordo com o delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) , dois dos cinco atiradores pertences a uma organização criminosa e os outros três – Arizonilson, Eduardo e João Carlos – são piratas dos rios, sendo que Eduardo Moriz é o líder deles.
Segundo o delegado, a suposta motivação do crime teria sido a disputa por território e distribuição de drogas nos rios. As investigações irão continuar para efetuar as prisões dos demais.
Os indivíduos responderão por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e sem direito de defesa para a vítima e ficarão à disposição da Justiça.