Influencers são indiciados após fazerem rifa para soltar ‘Lucas Picolé’

os influenciadores fizeram um vídeo pedindo ‘desculpas’ à polícia pela prática criminosa

Manaus- Os influenciadores Willian Barão, Teco Martins, Matheus Santos e outros dois homens não identificados, foram até a delegacia do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), nesta terça-feira (4), após terem sido indiciados por publicarem um vídeo nas redes sociais de uma ‘rifa’ oferecida por eles com a finalidade de soltar o influencer, João Lucas da Silva Alves, 24, conhecido como “Lucas picolé”, preso suspeito de esquema de rifas ilegais nas redes sociais.

(Foto: Divulgação)

Segundo as informações, os influenciadores fizeram um vídeo nas dependências da delegacia do 18º Distrito Integrado de Polícia (DIP),incitando a prática da promoção clandestina por meio de jogos de azar, promovendo uma ‘rifa’ com a finalidade de soltar o influencer “Lucas picolé”. 

Após o vídeo divulgado, a polícia abriu uma investigação sobre o caso e o policial militar, Alexandre Da Silva Salazar, conhecido como ‘Sargento Salazar’ enviou uma mensagem aos envolvidos afirmando que iria até eles. Após a repercussão, os influenciadores compareceram nesta terça-feira (4), na unidade policial e fizeram um pedido de desculpas às autoriades.

No vídeo, eles afirmam que não foi a intenção denegrir a imagem dos policiais.

“Desculpa aí rapaziada pelo vídeo que a gente fez, a gente não fez com intenção de denegrir ninguém”, disse um dos envolvidos.

Uma investigação policial contra os influenciadores foi aberta pelos crimes de Associação criminosa e Apologia ao Crime cometido por meio das redes sociais.

Operação

Lucas Picolé e Mano Queixo foram presos com drogas sintéticas (LSD), munições e uma motocicleta adulterada. “Lucas picolé” também foi autuado por receptação qualificada, no bairro Novo Aleixo, zona norte. Durante as buscas, nada de ilícito foi encontrado em relação a Isabelly Aurora, mas, segundo a polícia, a influenciadora também se encontra junto com os demais no esquema de lavagem de dinheiro das rifas ilegais.

Conforme o delegado Cícero Túlio, titular da 13 Distrito Integrado de Polícia (DIP), as investigações apontaram que os investigados atuam promovendo a divulgação de sorteios clandestinos sem registro por meio das redes sociais, ecoando posteriormente os valores, a fim de dissimular e ocultar, dificultando a atuação de autoridades de fiscalização e controle.

Os valores arrecadados nos golpes são escoados na compra de veículos de luxo, aluguéis e aquisição de imóveis de alto padrão, além de serem reinvestidos em uma loja de marcas de grife que comercializa produtos falsificados.

Ainda segundo a polícia, Flávia Ketlen não é influenciadora. Além de cunhada de Lucas Picolé, ela atua na empresa do influenciador, onde são vendidos produtos falsificados e utiliza a conta dela para receber o dinheiro da compra desses produtos ilegais e das rifas.