Mãe denuncia que filha de 5 anos com paralisia cerebral foi estuprada pelo padrasto

De acordo com a mãe da vítima, o homem cometeu o crime após uma discussão entre o casal. A Depca vai investigar o caso, que aconteceu na zona leste de Manaus

Manaus – A mãe de uma menina, de cinco anos de idade, denunciou, na manhã deste domingo (8), que a filha, que tem paralisia cerebral e autismo, foi estuprada pelo padrasto, de 30 anos, na noite de sexta-feira (6), na casa onde a família morava, localizada no bairro São José, zona leste de Manaus. Para confirmar o estupro, a menina foi submetida a um exame de corpo de delito e o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).

Conselheiro tutelar fala sobre o caso: 

À reportagem, a mãe da vítima disse que se desentendeu com o companheiro na noite de sexta-feira (6). A estudante de 19 anos disse que, por volta de 19h30, expulsou o homem de casa, mas ele conseguiu entrar novamente no local através de uma janela. A mãe da menina afirmou que ouviu gritos e choros da filha e a encontrou com o companheiro em um dos quartos da casa. Após isso, expulsou novamente o homem da casa.

A mulher disse ter percebido que a fralda da menina estava folgada, mas não suspeitou do homem. “Essa fralda sempre fica soltando”, disse a estudante, referindo-se a uma marca de fralda descartáveis. A mulher acrescentou que, na manhã de sábado (7), foi dar banho na filha e percebeu que a vagina da menina estava sangrando.

Para a estudante, o homem estava drogado. “Nunca imaginei que ele (companheiro) seria capaz de fazer isso com minha filha. Ele disse que foi pouco o que ele fez pra minha filha. Eu o quero preso, quero justiça”, disse a mãe da menina, aos prantos, acrescentando que tem outro filho, um menino de quatro meses, que é filho do companheiro.

Segundo a estudante, na manhã de sábado, o homem voltou à casa e deu tapas nela e no filho que estava no colo da mulher. “Ainda tentei furar ele, mas só acertei uma perna dele”, disse a mulher.

A mulher disse, ainda, que tinha um relacionamento de mais de dois anos e meio com o homem e que ele cuidava bem da enteada até a última sexta.

Equipe da Depca irá investigar o caso (Foto: Eraldo Lopes)

A estudante afirmou que foi até o Pronto-Socorro da Criança da Zona Leste, popularmente conhecido como “Joãozinho”, onde, segundo a mulher, um médico identificou que a menina tinha sido estuprada.

A estudante denunciou o caso ao Conselho Tutelar da Zona Leste I. De acordo com o conselheiro tutelar plantonista da área Gilberto Borges dos Santos Junior, mais conhecido como ‘Jr Resgate’, policiais militares da 9ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) tentaram prender o homem na casa onde morava e na casa de parentes dele, mas ele não foi encontrado no local.

A mulher prestou depoimento sobre o ocorrido, na tarde deste domingo (8), na Depca, que segue investigando o caso.

Anúncio