Manaus- Mais de 20 crianças e adolescentes em situação de exploração sexual resgatadas, outras 1.502 vítimas atendidas e a prisão e apreensão de 92 suspeitos. Esses são alguns dos resultados alcançados pela ‘Operação Hagnos’ de combate aos crimes contra crianças e adolescentes. A ação foi deflagrada entre os dias 1º e 30 de novembro pelas Forças de Segurança e órgãos que integram a Rede de Proteção de Crianças de Adolescentes, no Amazonas.
Durante os 29 dias de operação, foram realizadas ações educativas, preventivas e de repressão aos crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes. As atividades, também, contaram com a realização da Central Integrada de Fiscalização (CIF), com foco em moteis e pousadas irregulares e nos semáforos das principais vias da capital.
Conforme a delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DECPA), Juliana Tuma, destacou os números expressivos de prisões na capital e no interior, além de ações preventivas como palestras.
“Na Depca, foram 12 prisões em flagrante delito e cumprimento de 22 mandados de prisão. Em paralelo a responsabilização dos autores, também tiveram ações preventivas em conjunto com outros órgãos de Segurança e de Fiscalização, como Polícia Militar, Seai, Secretaria de Educação, Sejusc, ALE, por meio da Procuradoria da Mulher e do Núcleo de Proteção à Criança, todos empenhados no mesmo espírito de responsabilização e de prevenção”, falou a delegada.
Segundo a delegada, o encerramento da ‘Operação Hagnos’ não significa o fim do combate à violência infantil, mas sim um marco da responsabilidade da proteção integral de crianças e adolescentes.
“Durante a Operação, tivemos dos mais variados tipos de responsabilização, desde Inquéritos Policiais encaminhados a prisões em flagrantes e cumprimentos de sentenças condenatórias. Entre os casos, destaca-se as prisões do professor de jiu-jítsu, que está dentro da Operação Armlock, e do professor de inglês, que abusava sexualmente das próprias alunas”, enfatizou a delegada.
Outros números
Durante todo o período da operação, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), registrou um total de 710 Boletins de Ocorrência (BOs), além de 180 inquéritos policiais concluídos com autoria e materialidade e registrou 42 Termos Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
O delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), disse que o interior do Amazonas registrou cerca de 45 prisões, que somadas às prisões na capital, tem-se um total de 92 pessoas presas em todo o Estado.
“Se trata de um número expressivo, que muda a realidade do interior, onde crianças e adolescentes que não tinham perspectiva nenhuma de sair daquela situação de violência, e hoje elas têm uma oportunidade renovada de ter uma vida normal. O trabalho vai continuar de uma forma contundente, de uma forma integrada, em especial entre as delegacias do interior com a Depca”, disse o delegado.