VÍDEO: ‘Marina Silva de Manaus’ foi vítima de ONG ‘Pai Resgatando Vidas’

Internautas resgatram um vídeo de Maria Solange expondo “Pai Marcos”, o fundador da ONG que foi alvo da Polícia

Manaus – Com a prisão de Cid Marcos Bastos Reis Maia, 49, conhecido como “Pai Marcos”, fundador da Organização Não Governamental (ONG) denominada ‘Pai Resgatando Vidas’, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) revelou que a ex-usuária de drogas notada por Madonna, Maria Solange, foi uma de suas vítimas, em Manaus.

(Foto: Reprodução)

A ONG utilizava vulnerabilidade de moradores em situação de rua para obter doações e vantagens financeiras e foi desarticulada na terça-feira (7), durante uma operação da PC-AM. Entre 2019 e 2024, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 20 milhões.

As investigações revelaram que os autores criaram a referida ONG com objetivos escusos, publicando nas redes sociais as imagens e a situação de vulnerabilidade das pessoas que deviam ajudar. A doações em vez de serem revertidas em benefício dos vulneráveis, eram desviadas para o benefício próprio dos autores.

Maria Solange teve sua imagem várias vezes divulgada pela ONG até mesmo a que ela aparece dançando uma música da cantora Madonna que viralizou nas redes sociais, em 2020, após a Diva do Pop publicar o registro em seu perfil.

O vídeo resgatado por internautas mostra Maria Solange dizendo que tem nojo de Marcos. A mulher relatou que já foi obrigada a agradecer uma doação de R$20 mil feita por um homem poderoso, mas nunca viu R$1 desse dinheiro.

Atualmente, Maria em Guarulhos, na Grande São Paulo, Marina trabalha na produção da Fox For Men, uma empresa que fabrica produtos de cuidados para homens. Em uma entrevista ao G1 Sp, ela contou que ainda sonha em conhecer a rainha do pop.

Recentemente, a mulher realizou o sonho de ir no show de Madonna no último sábado na Praia de Copacabana no Rio de Janeiro e viu de perto a cantora cantar o hit “Holiday” o qual dançou em um bar do Centro de Manaus.

Operação

Segundo o delegado, o nome da operação faz referência a expressão “O pai tá On”, utilizada pelo líder do grupo, que se denominava “Pai Marcos Bastos”. No decorrer da investigação, oito mandados de prisão foram decretados pela Justiça para os membros do grupo, composto pela mãe, irmã, sobrinhos e filho adotivo. Todos são da mesma família, mas somente Cid Marcos e Wilson foram presos, os demais estão foragidos e as diligências seguem para capturá-los.

Também foram coletados diversos dados importantes, além de duas armas de fogo. Uma decisão judicial determinou o bloqueio das redes sociais utilizadas pela ONG, pois eram utilizadas com má-fé, ou seja, serviam para obter doações de pessoas de outros estados e países, como Bélgica, Alemanha, França e Irlanda, que doaram valores em euros para a organização.

Os autores responderão por organização criminosa, estelionato, maus-tratos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

Veja vídeo: