Brasília – A menos de 15 dias da eleição do presidente do Senado, as vagas de liderança na mesa diretora e nas principais comissões da casa funcionam como moeda de troca. Se por um lado o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) candidato à reeleição à presidência tem o apoio do atual governo, o principal oponente, o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), reivindica o cargo por ser do partido que tem a maior bancada.

(Foto: Montagem R7 / Reprodução)
A maioria das lideranças com quem o R7 conversou enxerga possibilidade de eleição de ambos candidatos. O favoritismo, no entanto, é de Pacheco, tendência que cresceu ao longo dos últimos dias em razão da atuação do mineiro após os ataques às sedes dos três poderes, em 8 de janeiro.
Pacheco liderou o envio de documentos à Procuradoria-Geral da República (PGR) contendo informações sobre os invasores do Congresso. De acordo com o presidente do Senado, há “fato determinado” para instalar uma CPI para apurar os atos de vandalismo e ações extremistas contra o resultado das eleições.
Mesmo sendo do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, portanto, oposição ao novo governo, Marinho tem exposto posicionamento crítico aos atos extremistas com o objetivo de não deixar que o episódio enfraqueça a candidatura dele no Senado.
“O nosso compromisso pelo país é de restabelecer a normalidade democrática, que é importante para todos nós para que a Constituição possa ser de fato esse escudo, essa blindagem que protege o conjunto da sociedade brasileira. E o papel do Senado nesse aspecto é extremamente importante”, afirmou Marinho, assim que confirmou a candidatura.
Para se eleger presidente do Senado, é preciso garantir 41 votos entre os 81 senadores — a maioria absoluta. Tanto aliados de Pacheco quanto a bancada do PL calculam ter essa quantidade de votos. A decisão está nas mãos dos partidos que ainda não confirmaram apoio a nenhum dos candidatos.