Dono da Riachuelo pede redução da maioridade penal e prisão perpétua

Empresário Flávio Rocha não descartou disputar a Presidência, mas disse que não fará campanha apenas para marcar posição

Brasília – Pouco antes do empresário Flávio Rocha subir ao palco do Teatro Riachuelo, na última sexta-feira, para apresentar seu programa de segurança pública para o Brasil, a plateia ouvia no modo repetição ‘Tropa de Elite, osso duro de roer. Pega um pega geral, e também vai pegar você’, tema do filme ‘Tropa de Elite. Não podia haver trilha mais adequada para animar o plano, que prevê o endurecimento das penas para todos os crimes, o fim das audiências de custódia, a flexibilização da legislação para compra de armas, a prisão perpétua e a redução da maioridade penal, entre outras propostas mais conservadoras.

Empresário capitaneia o projeto Brasil 200, com projetos para o Brasil (Foto: Daniel Planel/Divulgação)

“Nós começamos a fazer uma autocrítica que é absolutamente necessário que saiamos da toca. Nós, empresários, trabalhadores que geram riqueza e que suam a camisa, que apostam no Brasil… podemos, sim assumir as rédeas desse processo”, disse para uma plateia de pouco mais de uma centena de pessoas.

“É um projeto que a classe política não teve coragem de apresentar, porque é refem do politicamente correto”, prosseguiu. Ele chegou a concorrer à Presidência em 1994, mas acabou desistindo no meio da campanha porque seu partido, o PL (hoje PR), preferiu apoiar o candidato do PSDB, Fernando Henrique Cardoso. Questionado se irá concorrer novamente, Rocha não descarta.

O lançamento do plano tinha cara de campanha eleitoral. Havia quatro câmeras de vídeo profissionais instaladas em todos os ângulos do teatro e claque do Movimento Brasil Livre (MBL).

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