Em debate no ‘Estadão’, Arthur, Doria e Leite defendem responsabilidade fiscal

Pré-candidatos do PSDB à Presidência debatem situação do País,  apontam saídas para a crise econômica e defendem a Amazônia e a democracia

São Paulo – Os pré-candidatos do PSDB à Presidência da República em 2022 participaram nesta sexta-feira, 12, de debate promovido pelo jornal ‘Estado de S. Paulo’, o  ‘Estadão’. O evento reuniu os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), além do ex-senador e ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

(Foto: Felipe Raul / Estadão Conteúdo)

Único partido a realizar eleições internas para a escolha do nome que será lançado na disputa pelo Palácio do Planalto, a sigla tucana quer se firmar como alternativa no cenário de candidaturas que se apresentam no campo da chamada terceira via. A votação no colégio eleitoral das prévias do PSDB está marcada para 21 de novembro.

De acordo com o ‘Estadão’, a escolha do PSDB é aguardada com expectativa não apenas entre seus filiados. Os demais partidos que buscam uma alternativa à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam as prévias como uma primeira etapa de afunilamento das pré-candidaturas colocadas até aqui.

Virgílio defende conhecimento da Amazônia

No debate, Arthur Neto  afirmou que o momento é de escolher um candidato que tenha experiência efetiva de governar. O presidenciável também aproveitou o espaço para enfatizar, novamente, a necessidade de um presidenciável que realmente conheça a Amazônia.

Virgílio dedicou o momento final às mulheres. “Falando das mulheres, estou falando de todos que são oprimidos: as pessoas LGBTQIA+, os negros, os índios, os mais pobres e aqueles que precisam verdadeiramente”, disse.
irgílio critica Bolsonaro e defende ajuste fiscal

Ao responder a questionamento do cientista político Márcio Black, da Fundação Tide Setubal, sobre investimentos em infrastrutura, o ex-senador Arthur Virgílio afirmou que o próximo presidente encontrará “terra arrasada” à frente do governo.

“Eu sou a favor de nós investirmos em infrastutrura, no que for possível, no primeiro momento. Porque quem governar o País vai pegar uma terra arrasada, porque a pessoa que governa o País hoje não é caso de impeachment, é caso de internação”, afirmou, sem citar o presidente Jair Bolsonaro.

Virgílio defendeu que o “ajuste fical” é a Bíblia que deverá guiar o próximo presidente.

Prévias

Já o   governador de São Paulo, João Doria, destacou as prévias internas do PSDB como ferramenta para a democracia e destacou a importância da militância tucana no processo.

A votação que definirá o candidato do PSDB na eleição presidencial em 2022 será realizada no próximo dia 21. Só estarão aptos a votar os filiados que estiverem cadastrados no aplicativo até domingo, 14. “Você, militante do PSDB, onde eu milito há 20 anos, é importante”, disse, antes de destacar que, além do voto, a voz e ação da militância também são importantes no processo das prévias.

Antes de encerrar sua fala, Doria destacou nomes do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a que definiu como uma pessoa que representa o PSDB “moderno, inovador e transparente”. O governador paulista também fez referência à Yeda Crusius, que preside o PSDB Mulher, e ao ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas, morto em maio deste ano.

 ‘Mudar o Brasil’

Na fala de encerramento de sua participação no debate, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que as prévias do PSDB têm um papel maior do que definir quem será o candidato do partido.

“Esta decisão é sobre se vamos ter o PSDB que vai ter a cara do candidato ou o candidato que vai ter a cara do PSDB”, disse, procurando se apresentar como esta última opção.

“Eu não fundei o PSDB foi o PSDB que me fundou”, declarou. “Quero muito um candidato com a cara do PSDB pra gente mudar o Brasil e garantir o PSDB ligado a seu DNA”, disse.

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