Maduro, que está no poder desde 2013, foi declarado reeleito pelo Tribunal Supremo de Justiça (TST) da Venezuela, dominado pelo regime chavista. No entanto, a oposição venezuelana contestou o resultado, apresentando atas eleitorais que apontavam a vitória de Edmundo González, atualmente exilado na Espanha.
González teve sua prisão pedida pela Justiça venezuelana por não comparecer a depoimentos solicitados pelo Ministério Público.
Dias antes da cerimônia de posse, Maduro adotou medidas de segurança rigorosas, com a mobilização das forças armadas e milícias, em um contexto de crescente tensão com a oposição.
Na véspera da posse, a líder oposicionista María Corina Machado foi detida após um protesto contra o regime, mas liberada poucas horas depois.
Em sua declaração, Barbalho criticou a postura do Brasil, afirmando que a nação não poderia se omitir diante de um regime ditatorial. “Quem defende a democracia precisa se posicionar contra a opressão de Maduro e condenar esse regime autoritário. Não podemos adotar uma postura seletiva quando se trata de golpes. O Brasil não pode se omitir: fora Maduro!”, disse ele nas redes sociais.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também se manifestou, afirmando que a presença de um representante do Brasil na posse de Maduro só serviria para legitimar um processo eleitoral marcado por sérias falhas democráticas.
“A postura de enviar um representante à posse enfraquece o compromisso do Brasil com os direitos humanos e a democracia. Participar desse evento é uma afronta à nossa tradição diplomática e aos nossos valores constitucionais”, afirmou Leite.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, se pronunciou após a prisão de María Corina Machado e pediu que o governo federal cancelasse a ida da embaixadora à posse de Maduro.
“O governo Lula tem a obrigação moral de cancelar essa participação e de exigir a libertação de María Corina, que foi sequestrada pelo regime. Ela é uma mulher corajosa, que só luta pela liberdade do seu povo”, afirmou Caiado.
Por fim, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também se posicionou contra a decisão do governo brasileiro. Zema considerou inadmissível o apoio ao governo de Maduro, um presidente acusado de fraude eleitoral e repressão.
“O envio de um representante à posse de Maduro ignora a vontade popular, os direitos humanos e os princípios democráticos. Sempre defenderei a liberdade e a democracia”, concluiu.