Juíza prorroga prisão temporária do advogado Lino Chíxaro e mais três da Cashback

Os denunciados estão envolvidos na operação, que apura desvios de R$ 140 milhões em verbas na Secretaria de Estado de Saúde (Susam) durante o mandato do governador cassado José Melo

Manaus – A juíza da 4º Vara da justiça Federal, Ana Paula Serizawa, decidiu prorrogar, por mais cinco dias, a prisão temporária o advogado Lino José de Souza Chíxaro, além de Jader Helker Pinto, Jonathan Queiroz da Silva e Marco Antônio de Jesus Barbosa. Os denunciados estão  envolvidos na operação Cashback, que apura desvios de R$ 140 milhões em verbas na Secretaria de Estado de Saúde (Susam) durante o mandato do governador cassado José Melo.

Juíza decidiu prorrogar a prisão temporária do advogado Lino José de Souza Chíxaro, além de outros quatro envolvidos na operação Cashback. (Foto: Sandro Pereira/RDC)

A ação, que corresponde à quarta fase da operação Maus Caminhos,também incluiu o deputado federal licenciado Sabino Castelo Branco, que não recebeu mandado de prisão devido ao estado de saúde.

Na operação deflagrada na última quinta-feira, 11, a juíza Ana Serizawa determinou o bloqueio e apreensão de R$ 124 milhões em recursos de 29 pessoas e empresas envolvidas na investigação da operação. Entre os bens apreendidos estão automóvel de luxo, lancha e jet-ski.

O maior volume de recursos bloqueados é do médico Mouhamad Moustafá, apontado como líder da organização criminosa envolvida na Maus Caminhos. A juíza determinou bloqueio de R$ 39,5 milhões em bens de Moustafá.

A organização criminosa que desviou mais de R$ 100 milhões da área de saúde do Amazonas usava dinheiro em espécie para evitar rastreamento pelos órgãos de fiscalização. É o que revelou inquérito da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia federal em trecho da investigação no âmbito da operação Cashback.

“É possível observar que o esquema criminoso movimentava cifras milionárias utilizando dinheiro em espécie, o que dificulta a localização do dinheiro subtraído do Erário, bem como facilita aos investigados movimentar e esconder o proveito criminoso”, cita trecho da investigação. Quanto aos pagamentos realizados ao escritório de advocacia Chíxaro, Cavalcanti & Arantes Advogados, a investigação aponta que foram feitos pagamentos em espécie também para ocultar a transferência de recursos.

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