Lira autoriza debate sobre PECs que limitam decisões de ministros do STF

A liberação de Lira é uma reação as decisões do STF que restrigiram a execução de emendas parlamentares

Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), encaminhou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que visam impedir decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

(Foto: Lula Marques / Agência Brasil)

A liberação de Lira é uma reação as decisões do STF que restrigiram a execução de emendas parlamentares. A liberação das PECs também dar ao Congresso Nacional o poder de reverter o resultado de julgamentos no plenário da corte.

Uma das propostas é a PEC 8/2021, que já foi aprovada no Senado. De autoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), o texto quer proibir, no STF e em outros tribunais, decisões monocráticas que suspendem a eficácia de leis. A ideia é garantir que essas questões sejam julgadas de forma colegiada, ou seja, por um conjunto de ministros ou de juízes, em vez de apenas um magistrado.

Lira também liberou a análise pela CCJ da PEC 28/2024. Essa proposta foi protocolada em julho deste ano pelo deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR) e já conta com o apoio de 184 deputados. A PEC propõe que as decisões do STF que abusem do adequado exercício da função jurisdicional e inovem o ordenamento jurídico como norma geral e abstrata possam ser suspensas pelo Congresso por até quatro anos.

Segundo a PEC, se o parlamento derrubar uma decisão do STF, o Supremo teria o direito de realizar um novo julgamento para manter seu entendimento, sendo necessário que 9 dos 11 ministros votem a favor.

*Com informações do R7