São Paulo – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, é um “desastre” e que ele “brinca com o futuro de milhões de crianças do Brasil”. Maia concedeu coletiva após participar de evento em São Paulo.
Segundo ele, Weintraub atrapalha o futuro das novas gerações e compromete a administração da educação no País com um discurso ideológico e ineficiência.
“Ele está comprometendo o futuro das novas gerações, e a cada ano que se perde com ineficiência e com o discurso ideológico de péssima qualidade, prejudica os anos seguintes da nossa sociedade. Mas quem nomeia e quem demite é o presidente”, criticou.

Rodrigo Maia é indagado em evento em São Paulo sobre ministro e lamenta gestão da Educação (Foto: Hélvio Romero/AE)
Falhas na verificação das provas do último Enem envolveram o ministro em mais uma crise. Após comemorar o que seria o melhor Enem de todos os tempos, Weintraub confirmou que milhares de notas haviam sido divulgadas com erros. Segundo o governo, 5.974 participantes do exame receberam notas erradas, o que levou a questionamentos na Justiça.
Rodrigo Maia também criticou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, mas disse que são casos distintos. Segundo o presidente, Salles é um quadro de qualidade que precisa retomar o diálogo com os setores do meio ambiente.
Economia
Maia voltou a cobrar a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na articulação pelas reformas econômicas no Congresso. “Independência de Poderes não é cada um trabalhar no seu canto. Não é ‘eu fiz a minha parte e agora você faz a sua’. É importante o ministro estar próximo, para mostrar à sociedade e aos parlamentares sobre a importância das reformas”, disse o deputado.
Guedes participou do mesmo evento antes de Maia e disse que o papel do poder Executivo é encaminhar os projetos ao Congresso, que, por sua vez, dará o ritmo da tramitação. “Cabe ao Executivo encaminhar a estrutura (dos projetos). O Congresso é quem dá o ritmo. A classe política sentou no comando da economia. Não tem mais essa de superministro”, afirmou.
Maia, na sua vez, rebateu o ministro ao dizer que não pode ficar tudo nas costas do Parlamento e que a participação do governo federal é decisiva para o sucesso da agenda.