MP cobra planilha de pagamentos da Saúde

Ministério Público do Amazonas cobrou informações concretas do governo do Estado sobre pagamentos para cooperativas da área de Saúde, após denúncias de atraso de salários de enfermeiros e técnicos

Manaus – O Comitê Interinstitucional, do qual faz parte o Ministério Público do Amazonas (MPAM) cobrou, nesta segunda-feira (25), informações do governo Wilson Lima  sobre pagamentos realizados às cooperativas de profissionais da área de saúde. O assunto foi tema de reunião com a participação do governador Wilson Lima e representantes de outros órgãos de controle, como o Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública do Estado (DPE), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outros que compõe o comitê de enfrentamento de crise para o combate à pandemia.

Representando o MPAM, a procuradora-geral de Justiça, Leda Mara Nascimento Albuquerque relatou denúncias recebidas pelo órgão que dão conta do atraso de salários de enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Segundo Leda, as cooperativas e empresas que trabalham com a saúde estão devendo de um a seis meses de salários aos seus funcionários. “O Ministério Publico entende que essa é uma situação muito delicada porque guarda relação não só com a prestação do serviço de saúde pública, mais sobretudo com a sobrevivência desses profissionais que estão se dedicando diuturnamente no combate a Covid-19, arriscando suas vidas e de seus familiares”, afirmou.

Segundo Leda Mara, as cooperativas e empresas de saúde devem até 6 meses de salários aos seus funcionários (Foto: Divulgação)

Na discussão, o governo do Estado se comprometeu em apresentar, em um prazo de cinco dias, uma planilha de tudo o que já foi pago para as empresas nos últimos meses e qual o cronograma que o Estado tem para o pagamento dessas empresas, do passivo ainda existente relativo a 2019 e 2020. Ainda na reunião, o governo informou que a dívida de 2019 com as cooperativas era de R$ 12 milhões, dos quais, a maior parte já foi paga, restando R$ 1,5 milhão a ser repassado. Em relação a 2020, a dívida também girava em torno de R$ 12 milhões tendo sido pagos R$ 7 milhões.

Hospital

O Ministério Público do Trabalho, através do Procurador Chefe, Jorsinei Dourado, incluiu na pauta, também, a situação do hospital Francisca Mendes, já que, no dia 4 de junho, termina o contrato com a Unisol, o que obriga o governo a definir como vai se dar o gerenciamento daquela unidade hospitalar. A questão envolvendo o Francisca Mendes se estende desde do ano passado, quando os Ministérios Públicos Estadual, Federal e de Contas tiveram liminar favorável com a Justiça Federal determinando que a União, por intermédio da Fundação Universidade do Amazonas (Fuam), o Estado do Amazonas, pela Susam, e a Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (Unisol), iniciasse os levantamentos, avaliações e prestações de contas para viabilizar a extinção legítima dos ajustes de cogestão e garantisse a continuidade dos serviços e pagamentos.

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