Manaus – As verbas para a obras de infraestrutura e até de Feiras, da Prefeitura de Manaus estão sendo canceladas por suspeita de má gestão e corrupção na administração de David Almeida. Com a medida, o Governo do Amazonas aos poucos vai assumindo o controle de obras da capital. A exemplo, estão passagem de nível, o programa ‘Asfalta Amazonas’, melhorias na infraestrutura. O Estado também toca grandes obras em Manaus, como a do ‘Rapidão Rodoanel’ que dará fluidez no tráfego e vai encurtar as distâncias entre as zonas da capital.

(Foto: Divulgação)
Os recursos ao longo do ano já ultrapassam R$ 1 bilhão para a prefeitura e, agora sem verbas o prefeito David Almeida corre para obter empréstimos bancários, mesmo sendo contestado por vereadores da base aliada, como mostrou a sessão da última quarta-feira (8), em que David Almeida pede a Câmara Municipal de Manaus (CMM) que autorizasse a contratação de empréstimo de R$ 600 milhões junto ao Banco do Brasil (BB) para infraestrutura urbana. O resultado expõe o processo de enfraquecimento do prefeito junto a sua base aliada.
O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Caio André (Podemos), apresentou, na Sessão Plenária desta segunda-feira (13), o requerimento nº 19.137, de autoria da Mesa Diretora da Casa, convocando o titular da Secretaria Municipal de Finanças e Tecnologia da Informação (Semef), Clécio da Cunha Freire, para esclarecimentos sobre o bloqueio das contas da CMM, ocorrido entre quarta e quinta-feira, 8 e 9 de novembro. O bloqueio ocorreu após o Projeto de Lei nº 603/2023, de autoria do Executivo Municipal, que buscava autorização para novo empréstimo de R$ 600 milhões com o Banco do Brasil, ter sido rejeitado pela maioria dos parlamentares em plenário.
Os vereadores que votaram contra o novo empréstimo disseram que o problema não era falta de dinheiro, era falta de gestão.
Na exposição de motivos para justificar a matéria, o prefeito citou que o empréstimo seria destinado para investimentos de infraestrutura básica, esporte e lazer e ambiental.
Enquanto o prefeito David Almeida pintava ciclovia na Ponta Negra, sob polêmica das pedras portuguesas do calçamento, Wilson Lima entregava o primeiro trecho de 8,7 quilômetros de um total de três etapas de 37,8 quilômetros do ‘Rapidão Rodoanel’ Metropolitano de Manaus.
Ainda sobre os feitos do governo para cobrir as obras da capital, o trabalho integrado entre o Legislativo e o Executivo estadual permitiu que a Comunidade Coliseu, na zona leste, fosse contemplada com a primeira fase do programa ‘Asfalta Amazonas’. A ordem de serviço foi lançada nesta segunda-feira (13), pelo governador Wilson Lima e pelo presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB).
“Procuramos o governo do Estado para informar que tínhamos emendas parlamentares e interesse em destiná-las para execução de serviços de infraestrutura em bairros que há muitos anos esperam pela realização de serviços básicos. Hoje nos alegra estarmos aqui e podermos contemplar essa comunidade que estava esquecida”, falou o deputado.
Neste primeiro momento, o “Asfalta Amazonas” irá contemplar 22 ruas com serviços de pavimentação, infraestrutura e sinalização. Os recursos, R$ 12,6 milhões, são oriundos do governo estadual e de emendas parlamentares.
Governo do Amazonas já aplicou mais de R$ 2 bilhões em investimentos para revitalização de vias e sistemas viários em todo o Estado. Para Manaus, os recursos totalizam quase R$ 245 milhões em obras executadas. Desses, R$ 181,8 milhões foram repassados à prefeitura municipal e outros R$ 63,2 milhões executados diretamente pelo Governo do Estado.
Em nota de esclarecimento, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) ratificou que a obra do ‘Rapidão Rodoanel Metropolitano de Manaus está desde o início dos trabalhos sob a responsabilidade do Governo do Estado.
Segue a nota na íntegra
Sobre a matéria, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) ratifica que a obra de construção do Rapidão Rodoanel Metropolitano de Manaus está, desde o início dos trabalhos, sob a responsabilidade do Governo do Amazonas, sendo executada em toda a sua extensão pela Seinfra.
A secretaria esclarece que o Governo do Amazonas desde o começo dos trabalhos do Rodoanel é detentor da responsabilidade sobre a obra.
***Matéria atualizadas no dia 16/11/23 às 18h para acrescentar nota de esclarecimento da Seinfra.