Vereadores cobram falta de projetos para recuperação de igarapés em Manaus

Durante Tribuna Popular, vereadores junto com movimentos ambientais lamentaram a situação do igarapé do Gigante

Manaus – A falta de projetos e investimentos para a recuperação dos igarapés de Manaus, além do não cumprimento de leis existentes para coibir o descarte irregular de lixo, foram alguns pontos levantados por vereadores na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

(Foto: Arquivo GDC)

A tribuna popular, proposta pelo vereador Rodrigo Guedes (Progressistas), contou com a participação de integrantes do Movimento das Associações pelo Gigante (Maig), Gilberto Ribeiro, e a representante da Associação do Conjunto Augusto Montenegro (Amocam), Sandra Perpétuo Socorro Medeiros, que trataram sobre a situação atual do igarapé do Gigante, localizado no bairro Tarumã, zona oeste.

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(Foto: Divulgação Kelvin Dinelli)

Rodrigo Guedes lamentou a situação do Igarapé do Gigante, e também destacou a importância da população cobrar melhorias para o local.

“É lamentável o que ocorre naquele lugar, enquanto o poder público ignorar as questões ambientais e não priorizar o meio ambiente, a população irá sofrer cada vez mais. Vamos continuar dando voz para chamar atenção das autoridades e o cenário ambiental de Manaus mudar”, disse.

Na ocasião, William Alemão (Cidadania) pontuou sobre a falta de compromisso do poder público com o meio ambiente, o que prejudica os igarapés da cidade.

“Precisamos recuperar, além de preservar os igarapés. O poder público deve ter investimentos, projetos neste sentido, e cumprir as leis existentes e que podem ajudar a preservar os nossos igarapés”, destacou William.

Investimentos

Conforme os vereadores, tanto o Executivo Municipal quanto o Executivo Estadual devem buscar investimentos, parcerias para preservar e recuperar os igarapés de Manaus, realizando um trabalho abrangente da nascente até a foz do curso de água.

Em relação à legislação, o vereador William chamou a atenção para a Lei nº 2.891/2022, de sua autoria, que prevê multa para quem joga lixo na rua. Em via de regra, resíduos sólidos descartados irregularmente vão parar em algum igarapé, contribuindo para a poluição.

“A legislação não é aplicada, porque a Semmas (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade) não tem fiscais suficientes, são apenas 15. Não há investimento, nem qualificação dos fiscais”, afirmou o parlamentar.

Ainda segundo o vereador, o fator ocupação também contribui para a degradação ambiental dos igarapés. Além das invasões, o vereador cita obras que, com o aval do poder público, descartam materiais de construção e comprometem cursos d’água.

Igarapé do Gigante

O Igarapé do Gigante é um dos últimos rios que nascem dentro de Manaus. Conhecido por uma nascente cristalina, o igarapé passa pelos bairros Redenção, Planalto, Parque Mosaico, Lírio do Vale e Ponta Negra, até desaguar no rio Tarumã-Açu, o equivalente a 7 km desde a nascente até a foz.

Porém, atualmente, o igarapé se encontra em alto estágio de poluição, recebendo um grande volume de lixo, além de esgoto lançado no Rio Negro. Mesmo com a poluição, várias espécies de animais ainda sobrevivem no local, por isso, vários grupos ambientais buscam diariamente preservar o ambiente.

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