Caderneta da Criança é lançada com teste para detecção precoce de TEA

O ministério prepara a impressão de cerca de 3 milhões de novas cadernetas, para distribuição em todos os estados e capitais

Brasília – Em diálogo com a sociedade e com movimentos sociais, o Ministério da Saúde lança a nova edição da Caderneta da Criança – Passaporte da Cidadania. A publicação traz novamente o M-CHAT-R, um instrumento para detecção precoce de risco para Transtorno do Espectro Autista, além de uma novidade: foram acrescentadas orientações para cuidadores e profissionais de saúde sobre a aplicação e a interpretação do teste.

(Foto: Divulgação)

“A atualização da caderneta com essa ferramenta é fundamental para o cuidado com as nossas crianças, além de trazer informações muito relevantes para os pais, responsáveis, profissionais de saúde, de educação e de assistência social”, lembra o secretário de Atenção Primária à Saúde da pasta, Felipe Proenço, que também ressalta o calendário vacinal atualizado com a imunização para covid-19 no livreto.

O ministério prepara a impressão de cerca de 3 milhões de novas cadernetas, para distribuição em todos os estados e capitais. A previsão é que o material seja encaminhado no segundo semestre. Todavia, o formato on-line já está disponível.

Confira as novas edições da caderneta:

Caderneta da Menina – 7ª edição

Caderneta do Menino – 7ª edição

Quanto ao M-CHAT-R, foi acrescentado no documento o link da entrevista de seguimento, que deve ser aplicada quando a primeira etapa do teste é positiva. “Todas essas orientações são de extrema importância, pois evidenciam que se trata de um teste de triagem, não de uma confirmação de diagnóstico de TEA, e preparam os profissionais para usá-lo adequadamente nas duas etapas de triagem”, explica a coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, Sônia Venâncio.

As informações também são relevantes para que as famílias compreendam o significado do teste e que o diagnóstico de crianças com autismo necessita de uma equipe multiprofissional. “Dessa forma, contribuímos com a vigilância do desenvolvimento infantil, fazendo uso de um instrumento que aumenta as chances de detecção precoce do transtorno para que as intervenções sejam feitas em tempo oportuno”, defende.