Manaus – Depois dos excessos alimentares típicos da Páscoa, é comum que muitas pessoas enfrentem uma forte vontade de consumir doces — principalmente chocolate. Essa compulsão não é apenas uma questão de gosto, mas sim um fenômeno fisiológico e comportamental. Segundo especialistas ouvidos pela editoria Vida & Estilo do portal Metrópoles, o açúcar ativa os centros de recompensa do cérebro, liberando dopamina, o “hormônio do prazer”, o que pode desencadear um ciclo de dependência.

(Foto: Freepik)
Mas como escapar desse ciclo sem adotar medidas drásticas? A resposta está em mudanças simples e conscientes no estilo de vida.
Equilíbrio alimentar é a chave
Para controlar a compulsão por doces, é fundamental investir em uma alimentação balanceada. Dietas ricas em fibras, proteínas e gorduras boas — presentes em frutas, legumes, castanhas, grãos integrais e proteínas magras — ajudam a manter os níveis de glicose estáveis e promovem saciedade, reduzindo a fome por açúcar.
Evitar longos períodos em jejum, a não ser que o jejum faça parte de uma estratégia alimentar bem planejada, também é importante. A fome prolongada pode causar quedas abruptas na glicose e desencadear a busca desesperada por alimentos doces.
A transição para chocolates mais amargos
Uma estratégia sugerida é migrar gradualmente dos chocolates ao leite para versões com maior concentração de cacau, como os de 70%. Menos açucarado e com sabor mais intenso, o chocolate amargo tende a saciar com menos quantidade e evita o efeito viciante dos produtos ultraprocessados.
Substituições inteligentes
Na hora em que bate aquela vontade de comer um doce, ter à disposição opções saudáveis pode fazer toda a diferença. Frutas como banana, maçã, morango ou uvas oferecem o dulçor natural necessário para satisfazer o desejo sem comprometer a saúde.
Além disso, dificultar o acesso aos doces é uma tática eficiente. Não manter guloseimas em casa ou deixá-las fora de vista reduz a tentação e favorece escolhas mais conscientes.
Hidratação e bem-estar emocional
Sentir vontade de comer doce pode, muitas vezes, ser confundido com sede. Manter-se bem hidratado, bebendo bastante água ou optando por chás sem açúcar e águas saborizadas com frutas, ajuda a reduzir esse impulso.
Outro grande aliado é o exercício físico. A prática regular de atividades libera endorfinas, que contribuem para o bem-estar e controlam os níveis de dopamina, diminuindo a necessidade de buscar prazer imediato no açúcar.
Mudança com gentileza e constância
O processo de se libertar do vício em doces exige paciência, mas é possível. A chave é começar com pequenas mudanças, adaptando a rotina alimentar, emocional e comportamental. Como aponta o Vida & Estilo do Metrópoles, o mais importante é lembrar: a mudança pode levar tempo — mas o tempo vai passar de qualquer jeito. Que seja cuidando da saúde e do bem-estar.