Manaus – Você provavelmente já reparou que a calcinha fica úmida de vez em quando, certo? Isso nem sempre é preocupante, pois essa umidade pode ser de uma secreção vaginal simples e natural.

(Foto: Divulgação)
O problema se dá quando a secreção apresenta cor e cheiro forte, acompanhada de coceira, ardência ou outros sintomas.
Se você deseja saber como se livrar de corrimentos vaginais, acompanhe esse texto até o final, pois no artigo de hoje, veremos 10 dicas infalíveis para se livrar dos corrimentos vaginais. Vamos lá?
O que é corrimento vaginal?
O corrimento vaginal é uma secreção vaginal que possui a função de lubrificar, umedecer e manter a vagina limpa para dificultar o surgimento de infecções, ou seja, proteger o local.
Mas, algumas vezes, esse corrimento vaginal deixa de ser natural e se torna um problema que incomoda muitas mulheres ao longo da vida.
Esse é um dos principais motivos que fazem as mulheres procurarem uma médica ginecologista.
De modo geral, as mulheres possuem uma secreção vaginal fisiológica, que varia de intensidade, conforme as influências hormonais do ciclo menstrual, uso de hormônios externos ou gravidez.
Quando o equilíbrio se rompe, começam a ocorrer processos inflamatórios e infecciosos chamados de vulvovaginites, conhecidos como corrimentos vaginais.
Principais causas de corrimento vaginal
As principais causas de corrimento vaginal, representando 95% dos casos, são:
- Candidíase Vulvovaginal;
- Vaginose Bacteriana;
- Tricomoníase;
Agora, vamos falar um pouco mais sobre cada um desses tópicos.
Vaginose Bacteriana
O desequilíbrio da flora vaginal causa a diminuição dos lactobacilos, o que favorece o crescimento de bactérias que normalmente vivem nesta região, provocando a vaginose bacteriana.
Ela representa a principal causa de corrimento vaginal, atingindo cerca de 45% das mulheres e não é uma infecção sexualmente transmissível.
As características do corrimento incluem corrimentos vaginais branco-acinzentados e de aspecto cremoso, com odor fétido.
O odor piora após as relações sexuais e durante as menstruações.
Por mais que o corrimento seja o sintoma mais frequente, quase metade das pessoas são totalmente assintomáticas.
O tratamento mais recomendado é com uso de antibiótico, orais ou cremes vaginais, com durações que podem variar de uma dose única até 7 dias.
Candidíase Vulvovaginal
A candidíase é uma infecção da vulva e da vagina causada por um fungo chamado Candida sp. É a segunda causa mais comum de corrimento vaginal.
Este fungo vive normalmente na mucosa vaginal das mulheres, mas em determinadas situações, ele pode se proliferar e causar a candidíase.
Os sintomas da candidíase são:
- Corrimentos densos e esbranquiçados (nata de leite)
- Sem cheiro
- Coceira Vaginal
- Vermelhidão e inchaço na vagina e vulva
Seu tratamento consiste em antifúngicos, que podem variar de uma única dose a um tratamento que dura entre 7 e 10 dias.
Caso o parceiro não apresente sintomas, não há necessidade de tratamento.
Em caso de candidíases de repetição é sempre necessário identificar a causa e prevenir novos episódios.
Tricomoníase
Esta é uma infecção causada por um protozoário chamado Trichomonas vaginais, o qual tem os humanos como únicos hospedeiros.
Os homens costumam ser assintomáticos, enquanto nas mulheres, os sintomas quase sempre se manifestam.
Sua transmissão ocorre através da relação sexual sem proteção, sendo o sintoma mais comum o corrimento em grande quantidade nas cores amarelo, ou amarelo-esverdeado, fluido, podendo ou não apresentar mau cheiro.
É muito comum também ocorrerem sintomas inflamatórios na vulva e vagina como ardência, vermelhidão e dores na relação sexual.
Nos homens, os sintomas mais comuns são descarga uretral e ardência ao urinar.
Por ser uma doença sexualmente transmissível, seu tratamento deve ser feito com antibiótico para o casal.
10 dicas infalíveis para se livrar dos corrimentos vaginais
Agora que você já sabe algumas informações sobre esse assunto, separamos uma lista com 10 dicas para se livrar dos corrimentos vaginais.
- Não deixe a calcinha secar pendurada no box do banheiro, pois a umidade favorece a proliferação de fungos;
- Realize banhos com água e sabonete comum higienizando a vulva apenas uma ou duas vezes ao dia, o excesso pode desequilibrar a flora vaginal;
- Evite usar protetor diário de calcinha, a região fica abafada e isso pode favorecer o aparecimento de corrimentos;
- Não abuse das calças apertadas, principalmente em dias mais quentes, pois a ventilação na região é dificultada;
- Tire o biquíni ao chegar em casa, lavando e colocando logo para secar de preferência no sol. Use roupas leves e calcinha de algodão;
- Use camisinha. Somente ela previne a DST que, entre outras coisas, podem causar corrimento;
- Alimentação equilibrada;
- Esteja em dia com os exames e as consultas. Dessa forma, caso tenha adquirido algum corrimento vaginal, ele já será identificado e tratado;
- Leve o parceiro as consultas, dessa forma ambos conseguem estar em dia com a saúde intima;
- Procure dormir sem calcinha. A respiração, colabora para que a flora se recomponha e siga trabalhando na proteção íntima;
Bônus: cuidando da sua saúde vaginal!
É possível adquirir alguns hábitos para cuidar melhor de sua saúde íntima, sabia?
Não utilize desodorante íntimo. Sabe aquele usado para aumentar o frescor?
Então, ele pode irritar a região, causar alergia, alterar a flora e o pH vaginal, o que aumenta o risco de candidíase.
Nunca realize duchas vaginais (duchas no dentro da vagina). A ducha íntima interfere no pH e na flora vaginal, causando desequilíbrio e aumentando a incidência de corrimentos vaginais.
O uso de lenço umedecido também deve ser evitado, por mais que sejam muito práticos, podem causar alergia ou irritação, descontrolando o pH vaginal.
Na questão alimentar, o consumo de açúcar e carboidratos como pão, queijo, bolos e doces devem ser evitados ou diminuídos.
Estes alimentos elevam a quantidade de açúcar no sangue, favorecendo candidíases de repetição.
Além disso, o consumo de água e fibras regularizam o funcionamento intestinal, evitando a constipação.
Vale lembrar que o intestino preso favorece a translocação de bactérias para a vagina, aumentando a incidência de corrimentos vaginais.