Nota Técnica descarta casos de Influenza Aviária no Amazonas; confira

O documento traz orientações sobre como a população deve proceder em casos de suspeita da doença em aves

Manaus – A Nota Técnica Conjunta, nº 12, emitida na última sexta-feira (4), descarta casos confirmados de Influenza Aviária em humanos e aves no Amazonas e orienta para a vigilância da doença. O documento está disponível no site da fundação.

(Foto: Girlene Medeiros/FVS-RCP)

O documento é emitido pela Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) diante de casos confirmados da doença em aves silvestres e de subsistência registrados no Brasil, que levaram o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a declarar emergência zoossanitária, no dia 22 de maio.

O documento traz orientações sobre como a população deve proceder em casos de suspeita da doença em aves. “As pessoas que avistarem qualquer tipo de ave com alguma sintomatologia, seja respiratória, nervosa, digestiva, ou um índice de mortalidade alto de aves, sejam silvestres ou domésticas, que não entrem em contato com essas aves”, ressaltou a fiscal agropecuária médica veterinária Fernanda Rech.

Fernanda acrescenta que, em caso de suspeita da doença, a recomendação é procurar o escritório da Adaf mais próximo para fazer a notificação, ou as secretarias municipais de saúde, para que a notificação chegue ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) e seja deslocada equipe para atendimento da suspeita.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destacou a parceria entre os corpos técnicos da Fundação e da Adaf na vigilância da Influenza Aviária, devido à doença se tratar de uma zoonose (doença transmitida de animais para humanos).

“São papéis distintos, mas interligados, com a Adaf cuidando da vigilância do ponto de vista animal e a FVS-RCP cuidando da vigilância do ponto de vista humano. A nota conjunta vem para orientar e trazer informações a respeito de como agir diante de uma suspeita de uma ave que esteja porventura com sintomas da Influenza Aviária”, afirmou Tatyana.

O diretor-presidente da Adaf, José Omena, ressaltou a parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde. “A FVS já vinha sendo nossa parceira em outras ações da Adaf e, agora, seguimos ainda mais firmes para que a Influenza Aviária não afete nosso Estado”, pontuou.

Vigilância

Conforme a Nota Técnica, após o atendimento de casos suspeitos em animais, a Adaf comunicará imediatamente à FVS-RCP a ocorrência de caso provável da doença, informando casos de pessoas que tiveram contato direto com as aves doentes e se os indivíduos apresentaram sintomas gripais.

Ações preventivas

A Influenza Aviária é uma doença causada por vírus H5N1, com alto índice de contágio e impactos severos no setor da avicultura. A Adaf orienta os produtores a manter seus animais em área restrita, telada, de forma a evitar o contato com aves migratórias. Também é aconselhável reduzir o trânsito de pessoas na propriedade, sempre lavar as mãos antes e depois de ter contato com as aves e desinfetar sapatos, roupas, gaiolas, caixas e outros objetos com frequência.

No caso da avicultura de subsistência, como a maioria das aves tem a criação livre, caso não seja possível manter os animais em ambiente reservado, é importante que a alimentação e a água fiquem em local fechado para que aves silvestres não sejam atraídas.

A Influenza Aviária pode causar tosse, espirros, secreção ocular e nasal, diarreia, desidratação, apatia, falta de coordenação motora, perda de apetite, inchaços na cabeça e pescoço, hemorragia nas pernas e queda drástica na produção de ovos, além de aumento repentino na mortalidade das aves.

Ao notar esses sinais, a orientação é isolar a área e entrar em contato imediatamente com a Adaf pelo telefone (92) 99380-9174, diretamente em um escritório local ou, ainda, pelo Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet), no site da agência (adaf.am.gov.br).

A Nota Técnica Conjunta, nº 12, está disponível aqui.