Manaus – Mesmo com a redução dos casos de dengue, zika vírus e chikungunya, é preciso redobrar cuidados com a proliferação do mosquito, com a chegada do período chuvoso. O alerta é da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).
De acordo com os dados epidemiológicos da FVS, houve redução significativa dos registros destas doenças entre 2016 e 2017. Mas, pelo fato do Amazonas estar em uma região endêmica para o mosquito, é preciso manter o estado de alerta e as ações de vigilância, durante o período de chuvas. Neste período, os criadouros naturais dos mosquitos aumentam.

Houve redução dos registros de doenças transmitidas pelo Aedes em um ano (Foto: Carla Carniel/Estadão Conteúdo)
O zika vírus é a doença transmitida pelo Aedes aegypti que registrou a maior redução. Entre janeiro e outubro de 2017, foram notificados 620 casos, contra 5.945 no mesmo período em 2016, uma queda de 89,28%. A dengue reduziu 47%, saindo de 14.014 casos em 2016, para 7.408 em 2017. Já a chikungunya apresentou redução de 42%. Foram notificados 948 casos em 2016 e apenas 541 este ano.
Para o chefe de departamento de vigilância ambiental da FVS, Cristiano Fernandes, a redução de casos é importante, porém com a chegada das chuvas, ela pode desaparecer caso a população não fique alerta. “Cerca de 80% dos casos transmitidos pelo Aedes aegypti acontece de novembro a maio, por isso, é necessário reforçar a principal medida de prevenção voltada para a eliminação de depósitos de água uma vez por semana”, afirmou.
A FVS-AM explica que o ciclo de vida do vetor desde a fase de larva até a fase adulta é de sete dias, por isso, há necessidade de manter a vigilância semanal nos locais de trabalho, escolas e também nas casas.